Enfermeiros da Linha Saúde 24 protestam no Parlamento e param no fim-de-semana

Trabalhadres do "call center" da saúde protestam contra despedimentos e cortes de salário

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Empresa que gere a Linha Saúde 24 diz que o preço que quer pagar por hora (sete euros) está acima do que é praticado no sector público e privado Daniel Rocha

Cerca de uma dezena de enfermeiros protestaram esta sexta-feira nas galerias do hemiciclo da Assembleia da República, após a discussão de projectos de resolução de PCP e BE visando a regularização dos trabalhadores da Linha Saúde 24.

Aqueles cidadãos exibiram pensos vermelhos colados em cruz sobre a boca e bateram palmas a seguir ao debate sobre o assunto. Acabaram por ser convidados a sair pelos agentes policiais.

O vice-presidente da Assembleia da República, Guilherme Silva, deputado social-democrata que dirige os trabalhos na ausência de Assunção Esteves, declarou que as pessoas não podem manifestar-se nas galerias

Para o fim-de-semana, está previsto que os trabalhadores da Linha Saúde 24 parem em protesto contra a situação dos enfermeiros que trabalham neste serviço, incluindo os que estão a ser alvo de despedimento ou de cortes de salário.
Segundo disse à agência Lusa Tiago Pinheiro, da comissão informal de trabalhadores da Linha Saúde 24, a paragem de enfermeiros vai ocorrer entre as 16h00 de sábado e o final do dia de domingo.

"Nos call centers em Lisboa e no Porto, as enfermeiras e enfermeiros que há anos asseguram o serviço são obrigados a parar perante uma empresa que contrata sem lei, despede sem lei e que destrói a linha, ignorando a importância deste serviço para a população. Depois do despedimento de mais de 100 pessoas, a falta de resposta política à situação, materializada no chumbo das propostas que poderiam resolver a situação, leva os trabalhadores a recorrer a esta paralisação", alegam os trabalhadores num comunicado esta sexta-feira divulgado.
 

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