Ébola: laboratório móvel vai ser enviado para a Guiné-Bissau

Portugal também prometeu ajudar a formar profissionais de saúde deste país lusófono.

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O laboratório móvel que ajudará a despistar eventuais casos suspeitos de ébola na Guiné-Bissau já está pronto e metido em contentores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Portugal tinha prometido montar um laboratório deste tipo naquele país, para o ajudar contra uma eventual epidemia de ébola, e ainda colaborar na formação de profissionais de saúde daquele país.

O Governo português tem vindo a colaborar com o da Guiné-Bissau, “no âmbito da prevenção e resposta para uma situação de catástrofe natural ou de emergência de saúde pública, nomeadamente para a doença por vírus ébola”, explica a Direcção-Geral da Saúde (DGS), em comunicado.

Promovida pelo Instituto Camões e conduzida em parceria com a Organização Mundial de Saúde, a DGS, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), a iniciativa pretende concretizar no terreno “uma resposta coordenada e integrada em estreita colaboração com as autoridades de saúde da Guiné-Bissau, no âmbito da prevenção e controlo do surto da doença por vírus ébola”, explica a DGS. O apoio implica ainda "a mobilização de recursos humanos e materiais, tendo como principais objectivos promover formação local aos profissionais sobre a doença", acrescenta.

O apoio português tinha sido anunciado no final de 2014 pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que adiantou então que a contribuição portuguesa para o laboratório móvel de análises e despistagem (com uma equipa de treino) ascendia a 550 mil euros. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) irá contribuir com uma ajuda de 550.000 euros destinada a financiar a instalação de um laboratório móvel para o diagnóstico de infecções”, especificou então o ministro numa conferência de imprensa.

Um novo surto vírus do ébola surgiu no sul da Guiné-Conacri há cerca de um ano e, em poucos meses, alastrou-se para a Libéria e a Serra Leoa provocando uma epidemia sem precedentes. A doença causa uma febre hemorrágica e mata uma percentagem elevada dos doentes. Na Guiné-Bissau não houve casos de ébola, mas todo o leste e sul deste país lusófono faz fronteira com a Guiné-Conacri, pelo que está assim particularmente exposto.

Bissau chegou mesmo a enviar um pedido oficial de ajuda ao Governo português para ajudar a combater uma possível infecção. “O apoio solicitado compreendia várias possibilidades: a instalação de uma unidade ambulatória ou o laboratório móvel”, explicou na altura o ministro da Saúde Paulo Macedo. “A nossa opção concreta foi disponibilizar um laboratório e uma equipa para fazer formação”, disse, notando que este equipamento diminui a possibilidade de uma má despistagem de casos de ébola e, ao mesmo tempo, permite uma resposta coordenada e adequada se surgir um caso positivo.

 

 

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