É empreendedor social e precisa de apoios? A Santa Casa tem 250 mil euros para distribuir

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lança fundo de investimento para apoiar projectos geradores de valor social. Candidaturas abrem nesta quarta-feira.

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O programa agora lançado poderá apoiar entre 30 a 50 projectos Rui Gaudêncio

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) lança nesta quarta-feira um fundo de investimento social, o primeiro do país, que visa dar apoio a desempregados — e não só — com ideias empreendedoras na área social.

O financiamento inicial é de 250 mil euros, dos quais 150 mil provêem da Santa Casa e os restantes 100 mil serão injectados pelo banco Montepio Geral, e ao qual se juntarão depois outros apoios de 25 instituições parceiras no programa. Quem tiver ideias de projectos geradores de valor social pode, entre 1 e 31 de Maio, candidatar-se ao programa de apoio ao empreendedorismo, alimentado por este fundo.

A plataforma pretende reunir diferentes activos de 25 parceiros — entre os quais estão o Ministério da Solidariedade e Segurança Social, as câmaras de Lisboa e Cascais ou o Instituto do Emprego e Formação Profissional — para os colocar ao dispor dos empreendedores e dos projectos que vão ser apoiados.

A ajuda não é só financeira: estão previstos apoios logísticos, jurídicos ou ao nível do marketing edesign, por exemplo. Dependendo do número de propostas recebidas, o programa de apoio ao empreendedorismo poderá ajudar entre 30 a 50 projectos.

Como concorrer?
O fundo de investimento social é uma das vertentes do Banco de Inovação Social (BIS), institucionalizado nesta terça-feira em Lisboa pela Santa Casa e 25 outras entidades. “O Banco de Inovação Social inclui um programa de apoio ao empreendedorismo, um fundo de investimento social e a participação nas redes europeias”, sintetiza a directora do BIS, Maria do Carmo Pinto.

As candidaturas são feitas através do preenchimento de um formulário online e podem ser de dois tipos. Quem optar pela candidatura à criação da própria empresa “tem de estar desempregado, em situação de trabalho precário ou à procura do primeiro emprego”, explica a directora. Já as pessoas que quiserem abrir um negócio social têm de pretender dar resposta a pelo menos uma de quatro questões: criação de emprego, promoção do envelhecimento activo, combate do desperdício ou prevenção do abandono escolar.

Os vencedores do concurso serão revelados em Junho e a selecção dos projectos a apoiar estará a cargo de um conselho operacional, com representantes dos 25 parceiros que integram o Banco de Inovação Social.

 

 

 

 

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