Donos de carrosséis e câmara de Aveiro sem acordo sobre a Feira de Março

Feirantes envolveram-se em confrontos.

Câmara de Aveiro e Associação dos Proprietários de Equipamentos de Diversão (APED) discutiram nesta quarta-feira nos paços do concelho o aumento das taxas da Feira de Março, mas o encontro terminou sem acordo.

A reunião, que findou pouco antes da 16h30, com a porta dos Paços do Concelho simbolicamente fechada a cadeado pelos donos dos carrosséis, decorreu enquanto cerca de 150 proprietários dos equipamentos de restauração se manifestavam frente aos paços do concelho.

No encontro, o presidente da APED afirmou que o presidente da autarquia, Ribau Esteves, não acedeu a alterar os preços praticados. Neste contexto, Luís Paulo Fernandes reiterou que não se irá realizar a Feira de Março - embora a autarquia garanta que o evento arranca dia 25 “com um ou com 10 carrosséis” - tendo sido colocada uma corrente no lado exterior da porta dos paços do concelho, onde se encontram agora fechados o presidente e os elementos da vereação.

Os proprietários de carrosséis contestam o aumento das taxas e as alterações da planta de localização da Feira de Março, em Aveiro, acusando a Câmara Municipal de promover a especulação e de não respeitar os direitos dos empresários.

Segundo Ribau Esteves, “os processos [para atribuição dos espaços] foram concursais e abertos e as negociações feitas de forma clara e transparente, subordinadas às regras que a organização da feira define”.

Sobre o descontentamento com a alteração das taxas praticadas pela ocupação dos espaços no recinto, Ribau Esteves rebate os argumentos do presidente da APED, Luís Paulo Fernandes, que afirmou haver aumentos na ordem dos 23%.

“Nenhum dos valores de aluguer de espaços é superior aos valores praticados em 2013. Apenas aconteceu que em 2014, como feira correu o risco de não se realizar, houve de facto uma redução em alguns preços, mas em 2015 não há nenhum preço superior 2013”, disse o autarca.

Na sequência da polémica, decorreram hoje de manhã confrontos entre feirantes que culminaram com vidros partidos, bilheteiras viradas, vedação rebentada e um petardo lançado para dentro do recinto da feira.

Aos proprietários dos carrosséis juntaram-se também os do sector da restauração, que bloquearam a montagem dos equipamentos na Feira de Março, impedindo os que não estiverem solidários de entrar no recinto.

 

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