Diocese diz que estado de saúde do bispo que falou de abusos está "gravemente afectado"

D. António dos Santos comentou a um jornal o caso do padre que foi detido no Fundão. Diocese da Guarda reagiu.

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O vice-reitor do Seminário do Fundão foi detido sexta-feira por suspeitas de pedofilia Paulo Pimenta

O gabinete de comunicação da diocese da Guarda emitiu esta quinta-feira um comunicado onde afirma que o "estado de saúde" de D. António dos Santos, bispo emérito da Guarda, "está gravemente afectado, na opinião dos médicos que o acompanham".

E acrescenta: "Qualquer declaração por ele já prestada, ou que venha a prestar sobre os acontecimentos últimos da vida desta diocese carece de fundamento e só pode ser atribuída a boatos que possam circular".D. António dos Santos é citado na edição desta quinta-feira do Jornal de Notícias, comentando o caso do vice-reitor do Seminário Menor do Fundão que foi detido por suspeita de abuso sexual de crianças.O bispo emérito sustenta nessas declarações que o padre Luís Mendes foi vítima da sua "imprudência", porque se "deitava com os alunos", ainda que não tenha tido qualquer contacto físico com eles.D. António dos Santos, que presidiu à diocese da Guarda mas está afastado há oito anos, segundo lembra a nota, disse ainda ao jornal que nunca teve conhecimento de casos de abusos. O PÚBLICO tentou contactá-lo, sem sucesso.O vice-reitor do Seminário Menor do Fundão foi detido na sexta-feira no âmbito de um inquérito sobre abuso sexual de menores e foi sujeito a prisão domiciliária com pulseira electrónica. A diocese manifestou a sua intenção de oferecer "total colaboração" à investigação em curso.

 

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