Criminalidade no Algarve baixou no último ano

Garantia foi dada nesta terça-feira pelo MAI, que reuniu com as forças de segurança e operadores turísticos da região.

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Os responsáveis do turismo no Algarve garantem que a região está agora mais segura PÚBLICO

O ministro da Administração Interna revelou nesta terça-feira que os números da criminalidade baixaram no último ano no Algarve, uma região onde têm sido frequentes as queixas de insegurança, em particular da comunidade estrangeira que ali reside.

 

O anúncio foi feito numa reunião sobre o reforço do dispositivo policial no Algarve durante o Verão, que reuniu em Faro responsáveis das forças de segurança e os representantes do turismo na região.

Nos últimos anos, o Algarve foi palco de vários assaltos violentos, dirigidos sobretudo a estrangeiros residentes em moradias situadas em zonas mais isoladas, com particular incidência no concelho de Loulé. Segundo Miguel Macedo, em 2012 registou-se uma "grande evolução" da segurança dos estrangeiros que residem em zonas isoladas da região.

"Nós tivemos muito mais visibilidade das forças de segurança no Algarve, mais operações, mais fiscalização e, em geral, uma redução da criminalidade", afirmou o ministro, citado pela agência Lusa, aplaudindo a cooperação entre as forças de segurança e a comunidade estrangeira.

Na reunião que decorreu na sede do Turismo do Algarve, em Faro, foi discutido o reforço policial previsto para a região no próximo Verão, um dispositivo que só será apresentado oficialmente nas próximas semanas. Além de Miguel Macedo, no encontro estiveram também o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Macário Correia, e representantes das forças policiais, do sector da hotelaria e da comunidade estrangeira residente no Algarve.

Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), garante que o organismo a que preside “está preocupado em resolver estes problemas de segurança" e que as situações de insegurança e criminalidade na região têm melhorado substancialmente.

"Tenho procurado reunir as forças de segurança — GNR e PSP —, o SEF, a ASAE e as autarquias em acções conjuntas em que todos os agentes estão inseridos", disse Desidério Silva ao PÚBLICO.

O presidente da RTA afirma ainda que têm sido levadas a cabo operações de prevenção da criminalidade, como o programa Residência Segura, de forma a contrariar o sentimento de insegurança dos últimos anos.

Também o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas revelou ter ficado “agradavelmente surpreendido com a apresentação que as forças de segurança fizeram”.

“Mais que contabilizar a criminalidade, o que penso que se alterou nos últimos tempos foi uma percepção relativamente ao sentimento de insegurança, que melhorou”, disse ao PÚBLICO.

A associação tem desenvolvido nos últimos tempos acções conjuntas com as forças de segurança na região. Destas operações, Elidérico Viegas sublinha a importância das intervenções tomadas não só a nível do comando, mas também no que se refere aos destacamentos, que estão mais próximos dos hotéis e empreendimentos.

"É necessário que isso aconteça, recuperado o sentimento de segurança que esteve abalado e que é decisivo para a imagem que se pretende, a de um destino seguro", concluiu o presidente da AHETA.

 

 

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