Crimes relacionados com droga subiram 22% no Distrito Judicial de Lisboa

Relatório revela que casos de violência não sexual contra crianças e idosos duplicaram e que baixaram os crimes de violência doméstica.

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Filho condenado a pagar indemnização de 2000 euros a cada um dos pais. Rui Gaudêncio

Os crimes de droga participados subiram em 22%, no Distrito Judicial de Lisboa, no primeiro semestre do ano, período em que diminuiu a participação de crimes de violência doméstica e duplicaram os crimes contra idosos e crianças, comunicou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

O relatório sobre a actividade e resultados do Ministério Público (MP), no Distrito Judicial de Lisboa, que engloba as regiões autónomas, regista 1822 inquéritos relacionados com crimes de droga, de Janeiro a Junho deste ano, mais 330 do que em igual período do ano passado.

Na violência doméstica, no mesmo período, foram participados menos 221 casos do que no primeiro semestre de 2013, o que significa menos 4%. O total de inquéritos foi de 5082.

Os dados recolhidos permitiram ainda concluir que subiram os casos de violência de natureza não sexual perpetrados contra crianças (mais 84%) e contra idosos (mais 85%). Durante os primeiros seis meses do ano, foram abertos 87 inquéritos em matéria de violência contra idosos, mais do dobro do total registado no período homólogo de 2013 (40).

Na violência de cariz não sexual contra crianças houve mais 151 casos participados do que no ano passado, num total de 330.

Também a criminalidade relativa a coacção e resistência sobre funcionário teve um aumento em 80 casos (mais 20%), elevando o total de inquéritos para 476.

Desde o início do ano até 30 de Junho, o MP, no Distrito Judicial de Lisboa, registou a entrada de um total de 749.495 inquéritos. No final do mês passado estavam pendentes 54.303.

Assinalou a PGDL que “os inquéritos entrados tiveram a duração média de três meses e um dia, o que corresponde a menos nove dias em relação ao fim do ano de 2013”.

Nos crimes de corrupção e afins e de burlas e fraudes contra o Estado e a Segurança Social, o MP exerceu a acção penal em 808 casos, com valor global envolvido de cerca de 59 milhões de euros.

O relatório refere ainda que 85,21% das acusações terminaram em condenação judicial, em primeira instância, e que 61,2% dos inquéritos foram considerados findos, através de recurso a formas simplificadas de processo penal.

Nas acusações, o MP arquivou com dispensa de pena 232 processos e decidiu suspender provisoriamente o processo em 6758 casos.

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