Contratos de associação: colégio de Caminha fecha portas e despede trabalhadores

A cooperativa Ancorensis tinha 247 alunos, todos eles financiados pelo Estado.

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Ministério da Educação aguarda por novas auditorias aos colégios NELSON GARRIDO

A cooperativa Ancorensis, com sede em Caminha, anunciou nesta terça-feira a cessação imediata da função de ensino e o despedimento colectivo de todos os 67 trabalhadores, por não ter direito a abrir novas turmas com contrato de associação ou seja, financiadas pelo Estado. Em comunicado, enviado à agência Lusa, a instituição adiantou que esta decisão foi tomada na segunda-feira, em assembleia-geral da instituição.

A cooperativa iniciou a sua actividade a 1 de Setembro de 1988 e tinha actualmente 247 alunos, todos eles abrangidos por contratos de associação. Na nota, a instituição sublinha que a decisão de encerramento surge na sequência da “redução de receitas, por via da diminuição do apoio contratual concedido e de turmas”, decidida pelo Ministério da Educação.

 “A Ancorensis foi abandonada pelo Ministério da Educação indiferente à adopção de medidas adequadas que salvaguardem os interesses de todos os envolvidos, designadamente dos docentes e trabalhadores cujos postos de trabalho se perderão para sempre e que não prescindirão da respectiva compensação, mas sobretudo dos alunos e seus progenitores”, realça a cooperativa.

A Câmara Municipal de Caminha, também em comunicado enviado à Lusa, “reafirmou o compromisso de mobilizar todos os recursos disponíveis de modo a que todos os alunos da cooperativa possam ter assegurada vaga nas escolas do concelho”. A autarquia indicou que comunicou “a decisão da Ancorensis ao Ministério de Educação e os impactos que a mesma sempre terá no concelho, especialmente em todo o Vale do Âncora”.

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