Companhias farmacêuticas retiram queixa no caso dos genéricos de combate à sida na África do Sul

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Os activistas na luta contra a doença aplaudiram a decisão Alexander Joe/AFP

As 39 companhias farmacêuticas que contestavam uma lei sul-africana que permitia a colocação no mercado de versões mais baratas de medicamentos - os chamados genéricos - de combate à sida retiraram as queixas contra o Governo de Pretória.

As companhias anunciaram ainda que se vão comprometer a pagar os custos legais no processo do Governo da África do Sul, um país que totaliza mais de quatro milhões de portadores do vírus HIV.Os activistas na luta contra a doença aplaudiram a decisão que fez cair por terras as aspirações das companhias farmacêuticas que tentavam bloquear a legislação que permite ao Governo sul-africano importar ou manufacturar versões mais baratas de medicamentos que têm marca no mercado. As autoridades de Pretória reclamam, há bastantes anos, a necessidade de poderem produzir genéricos de combate à sida.

Negociações intensas

De acordo com a BBC Online, as multinacionais viram-se forçadas a desistir devido à má publicidade que este caso estava a trazer às marcas que comercializam. As companhias estavam a ser acusadas pela comunidade internacional de estarem a pôr os lucros à frente de milhões de vidas humanas, uma acusação sempre refutada pelas multinacionais.Este acordo poderá agora tornar-se um exemplo para futuras relações entre companhias farmacêuticas e Governos de países em vias de desenvolvimento.
A ministra da Saúde sul-africano, Manto Tshabalala-Msimang, afirmou que o Governo não cedeu em nada no decurso do processo, que culminou na retirada do caso.

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