Casal encontrado morto em casa

Pedreiro com perto de 50 anos terá assassinado companheira que o estava a deixar, suicidando-se em seguida.

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Prisão domiciliária foi a medida de coacção aplicada a dois dos detidos. PÚBLICO/Arquivo

Um casal foi encontrado morto, ontem, no quarto da sua casa, no concelho de Mafra. Suspeita-se que o homem, um pedreiro com perto de 50 anos, tenha disparado contra a companheira que o ia deixar, suicidando-se em seguida.

Tudo sucedeu em Rólia, uma pequena aldeia da freguesia do Milharado. Os corpos foram descobertos no quarto do casal por familiares do pedreiro, que tinha quatro filhos de dois anteriores casamentos. Os familiares estranharam ver o carro dele e o carro dela parados à porta de casa à hora de almoço.

O casal viveu na pequena localidade durante cerca de dois anos, mas há cerca de um mês a mulher decidiu separar-se e foi-se embora. “Voltou a Rólia só para levar as coisas dela. Dizia que já não o podia aturar. As anteriores mulheres queixaram-se do mesmo quando o deixaram”, conta uma vizinha. “Ele andava a ameaçá-la há muito tempo e ela tinha medo”.

Foi a GNR que tomou conta da ocorrência, mas o caso acabou por passar para a Polícia Judiciária, para ser investigado. Segundo a mesma vizinha, o pedreiro já teria tentado suicidar-se no passado.

O caso acontece menos de uma semana depois de um habitante de Ermesinde ter morto a antiga companheira e o filho de cinco anos, com quem queria voltar a morar. Perante a recusa desta baleou-os mortalmente. O homicida foi preso, acabando por aparecer morto na cela onde estava detido, na cadeia anexa à Polícia Judiciária do Porto.

Também no concelho de Mafra, a GNR deteve na terça-feira um homem de 40 anos em flagrante delito, a agredir a mulher. No Tribunal de Sintra foi-lhe decretada prisão preventiva pelo crime de violência doméstica, encontrando-se já na cadeia.

“Após chegar ao local a patrulha da GNR deparou-se com uma acesa troca de palavras entre os elementos do casal”, relata um comunicado desta corporação. “Quando a situação aparentava estar mais calma, o indivíduo agrediu a vítima, com 37 anos de idade, com um pontapé, sendo imediatamente impedido de prosseguir com as agressões” pelos guardas, aos quais ofereceu resistência quando quiseram prendê-lo.

Segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta, o número vítimas femininas de homicídios conjugais era, no primeiro semestre de 2015, inferior ao período homólogo do ano passado: em 2014 registaram-se 24 mortes, mais sete do que este ano. A maioria destes homicídios ocorreu num quadro de “relações de intimidade presentes ou passadas”, refere esta organização, cujo levantamento se baseia nas notícias publicadas pela comunicação social.


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