Carrilho condenado por ameaçar amiga de Bárbara Guimarães

Antigo ministro da Cultura vai recorrer da sentença.

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MIGUEL MADEIRA/miguel madeira

Manuel Maria Carrilho, ex-ministro da Cultura, foi nesta terça-feira condenado por ameaça agravada a Paula Cristina Goulão Martins, amiga da sua ex-mulher Bárbara Guimarães.

Segundo avança a edição online do Expresso, o antigo governante socialista foi condenado a uma pena de multa de 1.800 euros e ainda a entregar uma indemnização à vítima no valor de 2.500 euros.

“Tu és uma mulher morta. Estás morta, vou-te matar minha puta. Vou destruir e estragar todos os vossos negócios e empresas”  foi uma das ameaças que o antigo ministro e ex-embaixador da Unesco terá feito a Paula Cristina Goulão Martins.

Segundo avança a SIC, a ameaça aconteceu num centro comercial de Lisboa e tribunal deu como provado que Manuel Maria Carrilho abordou aos gritos uma amiga da ex-mulher, com uma "expressão tresloucada", como contou uma das testemunhas.

Ainda de acordo com a estação televisiva, a multa e a indemnização a pagar agora juntam-se a uma outra indemnização que o ex-ministro da Cultura aceitou pagar antes mesmo do início do julgamento, num acordo que levou à desistência das queixas por agressão e injúrias à mesma amiga de Bárbara Guimarães, na mesma ocasião.Carrilho assumiu a culpa, pediu desculpa por escrito e pagou a indemnização. O caso seguiu para tribunal só com o crime de ameaça agravada, que não permite desistência, tendo terminado agora em condenação.

Contactado pelo PÚBLICO, Manuel Maria Carrilho revelou que vai recorrer da sentença. “Isto foi uma armadilha que me montaram”, diz o antigo ministro. O ex-dirigente socialista afiança que, “além do marido” de Paula Cristina Goulão Martins, “não há nenhuma testemunha que revele que houve ameaça”:  “Pelo contrário, apresentei duas testemunhas que dizem que não houve qualquer ameaça da minha parte”.

O caso aconteceu, segundo Carrilho, em Fevereiro de 2014 quando se encontrava no Centro Comercial das Amoreiras e Paula Martins o começou “a ofender, numa situação que não durou mais de 30 minutos”. “Vou recorrer com toda a tranquilidade e e estou certo que ganharei”, acrescenta.

O ex-ministro socialista é arguido noutros dois processos que correm em Lisboa por crimes de difamação, ameaça, agressão, injúrias e violência doméstica contra Bárbara Guimarães.

Carrilho volta a tribunal nesta quinta-feira para ser julgado pelo crime de difamação, num processo interposto pelos pais da apresentadora televisiva. O processo fica a dever-se a declarações do antigo ministro a jornais e a revistas em que dizia que a ex-mulher tinha sido vítima de várias tentativas de violação do padrasto e que a mãe de Bárbara não a defendeu.

Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães foram casados dez anos e têm dois filhos em comum. Em 2013 avançaram para um divórcio litigioso.

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