Cafés para gatos

A revista Your Cat de Abril traz uma reportagem sobre o primeiro café para gatos de Londres: o Lady Dinah's Cat Emporium.

Bastaram 44 dias para atrair o investimento de 130 mil euros necessários, através de crowdsourcing, o nome da Internet para subscrição pública com possibilidades de lucros.

Só há três mesas – para não apinhá-los – e é preciso reservá-las com antecedência. São onze gatos, todos encantadores, dos quais sete são filhas e filhos da mesma mãe, a Muu, que tem apenas dois anos.

Os gatos e as gatas têm brinquedos, escadotes, prateleiras e lonas onde passar o tempo. Há um iglu com areia felina onde eles fazem as necessidades. Para os clientes, há redes tapa-moscas para os gatos não cheirarem os bolos e scones dos respectivos lanches.

Lembrei-me logo do meu primeiro e único prémio literário, roubado à BBC quando eu tinha 9 anos. Nele gabava a facilidade com que o meu primeiro gato – o Marmalade, um gato gigante, burro, ruivo e adorável – usava a pata direita para revirar os tapa-moscas de leve arame que protegiam os carapaus fritos destinados ao escabeche.

Lembrei-me mais ainda do gentil Quintal Bioshop, na Rua do Rosário, na Baixa do Porto, que os gatos visitam sem serem oficialmente conferidos e vetados.

Os cat cafés são contestados, com razão, pelas pessoas que, tal como os gatos, se opõem à exploração deles. No Quintal Bioshop, são os gatos que mandam. São atraídos sem serem atracções.

Vivam os gatos e quem gosta deles.

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