Cadáver na via férrea três horas à espera de ser removido

Nem os bombeiros, nem a PSP, nem o Ministério Público nem o delegado de saúde se entenderam de forma suficientemente célere para resolver o assunto.

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O corpo de uma mulher que morreu debaixo de um comboio ficou três horas à espera de autorização para ser removido, levando a que a circulação na Linha do Norte ficasse parada, precisamente no fim-de-semana do ano em que a CP transporta mais passageiros.

O sinistro ­ que ocorreu às 14h40 desta quinta-feira - não se deu num local remoto da via férrea, mas sim em plena estação de Santarém, tendo sido cumpridos, por parte da CP e da Refer, os procedimentos regulamentares perante uma situação destas. Mas, segundo fonte da transportadora pública, nem os bombeiros, nem a PSP, nem o Ministério Público nem o delegado de saúde, se entenderam de forma suficientemente célere para resolver o assunto.

Fonte da Refer disse que às vezes estes atrasos acontecem devido à falta de médico legista e que não é indiferente a resolução deste tipo de ocorrências ser mais ou menos rápida consoante acontecem em dias úteis ou em vésperas de feriados, pontes e fins-de-semana.

Terá sido este caso, agravado pelo facto de os bombeiros de Santarém não possuírem equipamento para removerem um cadáver trucidado ao longo da linha, tendo sido necessário recorrer aos bombeiros de Almeirim.

Ao fim de três horas a CP já tinha, entre Alfa Pendulares, Intercidades e Regionais, 22 comboios parados à espera que a estação de Santarém ficasse desimpedida.

Os atrasos vão agora repercutir-se durante o resto do dia.

Ao fim da tarde desta quinta-feira, havia milhares de passageiros na estação do Oriente.

 

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