Cada vez mais jovens vendem ou cultivam droga por causa da crise

Comissão Europeia alerta para efeitos da recessão no aumento do tráfico de drogas ilícitas.

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Só na UE, estima-se que o mercado da cannabis valha entre sete e dez mil milhões de euros anuais Reuters

Há cada vez mais jovens a dedicarem-se à venda ou ao cultivo de droga para ganhar dinheiro, revela um estudo divulgado nesta quarta-feira pela Comissão Europeia. Em causa está sobretudo a plantação doméstica de cannabis.

“A crise económica deverá ter um impacto importante no mercado dos estupefacientes, por exemplo através do aumento da procura de drogas ilícitas”, refere um comunicado da Representação da Comissão Europeia em Portugal sobre o tema. “Mas deverá igualmente provocar uma redução dos fundos consagrados à política de luta contra a droga, em especial no que respeita aos tratamentos e às medidas de redução dos efeitos nocivos”.

Numa tentativa de minorar o problema, a comissária da União Europeia responsável pela Justiça, Viviane Reding, anunciou que pretende propor até ao final do ano legislação mais severa sobre as novas substâncias psicoactivas e o tráfico ilícito. “Temos de actuar a nível da União Europeia e proteger os nossos filhos”, declarou.

O ritmo de surgimento de novas drogas tem sido acelerado: nos últimos dois anos verificou-se que todas as semanas surgiu uma nova substância. A Internet funciona como um dos seus veículos privilegiados de distribuição.

Desenvolvido pelos institutos de pesquisa Trimbus e Rand Europe, o estudo estima que na União Europeia o mercado de cannabis, a droga mais consumida pelos europeus, tenha atingido em 2010 um valor de mercado de sete a dez mil milhões de euros.

 
 

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