Buscas de pescadores desaparecidos em Sintra retomadas às 7h30

Forte agitação marítima pode condicionar trabalhos no mar. Ainda não há sinais de nenhum dos cinco desaparecidos ao largo da Praia das Maçãs.

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Muitos materiais do barco foram parar à praia Enric Vives-Rubio

As buscas pelos cinco pescadores da embarcação que naufragou na quarta-feira ao largo da Praia das Maçãs, no litoral de Sintra, foram retomadas às 7h30 da manhã desta quinta-feira.

Antes, o porta-voz da Marinha adiantou à Lusa que estava prevista a “participação da corveta Batista de Andrade, da Marinha, uma embarcação salva-vidas de Cascais, elementos da polícia marítima para fazerem buscas por terra junto ao local e também um helicóptero da Força Aérea, a partir das 8h00”.

Paulo Vicente disse ainda que a forte agitação marítima que se faz sentir naquela zona poderá condicionar as buscas, sobretudo os meios marítimos envolvidos.

As autoridades foram alertadas às 3h10 de quarta-feira para o naufrágio da embarcação de pesca Santa Maria dos Anjos - com cerca de 11 metros, registada em Olhão, mas pertencente a um armador do norte do país -, ao Largo da praia das Maçãs, com seis pescadores a bordo.

Um pescador, luso-francês, de 26 anos, conseguiu nadar para terra agarrado a uma bóia e subiu a arriba na zona do Mindelo, perto da praia das Maçãs, batendo à porta de habitações a pedir socorro, até ser encontrado pelo guarda-nocturno, alertado por uma moradora.

Apesar de o sobrevivente ter relatado que viu outros dois pescadores agarrados a uma balsa, durante o dia, os meios terrestres, marítimos e aéreos não detectaram vestígios dos outros cinco ocupantes da embarcação, que tinha largado de Peniche com destino a Cascais para a pesca do linguado.

Uma parte da cabine do barco de pesca foi detectada pela lancha da estação salva-vidas e recolhida para a corveta Batista de Andrade, que apoiou nas buscas, informou Mário Domingues, comandante da Capitania do Porto de Cascais. Durante o dia de quarta-feira foram dando à costa destroços e materiais relacionados com a embarcação e "foi detectada uma mancha de gasóleo no mar, a cerca de uma milha, perto das Azenhas do Mar", adiantou a mesma fonte da autoridade marítima.

Dos cinco pescadores que ainda não foram localizados, com idades entre os 27 e os 51 anos, três são naturais da Póvoa de Varzim, um de Vila do Conde e um outro é o cidadão ucraniano, todos residentes nas Caxinas, uma localidade entre aquelas duas cidades e que alberga uma das maiores comunidades piscatórias do país.

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