DCIAP e PSP fazem buscas a escritórios de venda de obras de arte

Operação no âmbito do processo Monte Branco destina-se a investigar suspeitas de fuga ao fisco.

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O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) fez nesta quinta-feira cinco buscas a habitações e escritórios, em Lisboa, ligados à venda de obras de arte, no âmbito do processo Monte Branco.

 

As acções, coordenadas por procuradores daquele departamento do Ministério Público, contaram com a participação de vários efectivos da PSP, confirmou ao PÚBLICO o oficial de serviço ao Comando da PSP de Lisboa.

A operação, que não envolveu mandados de detenção, foi desencadeada por suspeitas de fuga aos impostos na venda de obras de arte, de acordo com a agência Lusa.

O PÚBLICO tentou, sem sucesso, obter informações junto da ainda directora do DCIAP, Cândida Almeida. A assessora de imprensa da Procuradoria-Geral da República sublinhou não ter informações sobre a realização das buscas e as eventuais apreensões de documentos verificadas nas habitações e escritórios.

O caso Monte Branco é uma investigação liderada pelo procurador-geral adjunto Rosário Teixeira que visa uma rede organizada de fuga ao fisco e branqueamento de capitais. A rede, que operava em Portugal, terá causado um prejuízo do Estado de cerca de mil milhões de euros.

O caso envolve quatro financeiros portugueses e suíços detidos em Maio. Entre eles estão Francisco Canas, Michel Canals e Nicolas Figueiredo, entretanto constituídos arguidos no processo.

O esquema daquela que já é considerada a maior rede de branqueamento de capitais e fraude fiscal que já operou em Portugal envolvia a colocação sucessiva de dinheiro na conta bancária de Francisco Canas que, por sua vez, transferia essas verbas para uma conta do BPN em Cabo Verde e, depois, para contas em Portugal. 

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