Bons conselhos

No PÚBLICO de anteontem a peça mais espantosa foi a de Romana Borja-Santos (RBJ) sobre o relatório da Direcção-Geral de Saúde segundo o qual os "hábitos alimentares inadequados" são os que mais prejudicam a saúde, qualidade de vida e longevidade dos portugueses.

É um bom relatório. Paulo Macedo, o ministro da Saúde, é o mais inteligente, rápido e eficaz de uma linha distinta de ministros da Saúde. Não cultiva a publicidade ou a simpatia. Defende os doentes. Não há missão mais nobre.

Francisco George, o director-geral da Saúde, é brilhante e beneficente. É entediante elogiar ministros (políticos) e directores-gerais (burocratas) mas, se fossem a justiça e a nobreza de carácter a mandar, seria essa a primeira tarefa de qualquer escriba como eu.

Mesmo assim, acho que foram a jornalista e os editores do PÚBLICO que mais bem compreenderam, resumiram e explicaram o relatório. Na página 20 RBJ arranca com esta receita: "Apenas três peças de fruta por dia poderiam inverter este retrato da saúde: na globalidade, os portugueses estão a perder anualmente cerca de 141 mil anos de vida apenas por não terem hábitos correctos no que diz respeito ao consumo deste tipo de produtos".

Na primeira página do PÚBLICO de anteontem vai-se mais longe. Para evitarmos a morte prematura basta-nos adoptar uma dieta rica em frutas, fibras, frutos secos e gorduras boas, como o azeite. Temos também de reduzir o sal, as carnes transformadas, o tabaco e o álcool.

Seja.

 

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