Corpo de bebé encontrado dentro de uma mala num aterro em Gaia

Criança estava numa mala metálica que se abriu entre outros resíduos que iam ser triturados.

Um bebé do sexo masculino com cerca de cinco meses foi encontrado morto esta terça-feira dentro de uma mala metálica no aterro de Sermonde, em Vila Nova de Gaia. O corpo, com cerca de 50 centímetros, foi descoberto durante o tratamento do lixo que iria seguir para a trituração, confirmou ao PÚBLICO fonte da GNR. A descoberta foi feita pelas 12h15. Os funcionários da Suldouro, empresa responsável pelo aterro, viram o corpo quando a mala se abriu durante o processamento dos resíduos.

Fonte da GNR adiantou ainda que a delegada de saúde de Vila Nova de Gaia esteve no local e que confirmou que o bebé teria mais de 20 semanas de vida. A Suldouro parou de imediato os trabalhos no aterro e até ao início desta noite ainda não tinham sido retomados.

As informações recolhidas pelo PÚBLICO apresentam, porém, algumas diferenças substanciais, conforme a sua origem é da GNR ou da PJ. Isto porque fonte da Polícia Judiciária garantiu, afinal, que relativamente ao bebé não existe qualquer informação sobre o “período de gestação”, desconhecendo-se se tem ou não 20 semanas. A mesma fonte admitiu desconhecer que o corpo estava numa mala metálica. O cadáver foi levado pelas 18h pelos Sapadores Bombeiros de Gaia para as instalações do Instituto de Medicina Legal do Porto, onde deverá ser feita a autópsia esta quarta-feira. Será a autópsia que permitirá afirmar quantas semanas ou meses tinha o bebé e qual terá sido a causa da morte.

O corpo apresentava alguns ferimentos, mas todos compatíveis com algumas mazelas eventualmente infligidas no corpo devido ao transporte que sofreu como lixo vulgar no percurso até ao aterro. No local, a PJ não registou a existência de qualquer ferimento que terá provocado a morte.

Uma patrulha da GNR deslocou-se para o local depois de os funcionários da Suldouro terem ligado para o 112 dando conta do que tinham encontrado. Inspectores da Polícia Judiciária e elementos do Laboratório de Polícia Cientifica estiveram também no aterro e recolheram indícios que podem vir a ajudar a perceber melhor o que terá sucedido. Será a PJ a levar a cabo a investigação, uma vez que poderá estar em causa a investigação a um crime de infanticídio ou de homicídio.

Fonte da PJ sublinhou ao PÚBLICO que todas as hipóteses estão em aberto, inclusive a de se ter tratado de um crime de ocultação de cadáver de um recém-nascido morto durante ou após o nascimento.

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