Austrália doa 134 milhões de euros ao Fundo Verde das Nações Unidas

O primeiro-ministro australiano tinha antes negado qualquer contribuição para o fundo.

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O país é um dos maiores poluidores do planeta SAEED KHAN/AFP

O governo australiano anunciou nesta quarta-feira a doação de 165 milhões de dólares (134 milhões de euros) nos próximos quatro anos ao Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas.

A verba "facilitará ao sector privado liderar o crescimento económico na região Indo-Pacífica focando-se nos investimentos em infra-estruturas, energia e florestas (...) e os programas de redução de emissões", refere um comunicado do primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, e da titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop.

Tony Abbott, que aboliu o imposto às emissões de carbono e negou anteriormente contribuir para o Fundo, explicou que esta contribuição reflecte e responde a uma mudança na situação nos últimos meses, numa alusão aos passos na luta contra as mudanças climáticas dados pelos Estados Unidos, União Europeia e China, entre outros países ou regiões.

"Creio que é razoável e prudente para o Governo fazer uma contribuição modesta, prudente e proporcional ao Fundo (...), creio que é algo que um Governo sensato faria", explicou o chefe do governo da Austrália, um dos maiores produtores de carvão e um dos maiores poluidores ambientais per capita do planeta.

Em novembros, durante a cimeira do G20, os Estados Unidos e o Japão anunciaram contribuições de 3000 milhões de dólares (2425 milhões de euros) e 1500 milhões (1213 milhões de euros) e, posteriormente, 21 outros países se comprometeram com mais 9300 milhões de dólares (7520 milhões de euros).

O Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas foi criado para gerir transferências de fundos para que os países que são vulneráveis às mudanças climáticas, entre os quais os dos Pacífico Sul, possam fazer frente às consequências das alterações e prevenir o seu agravamento.

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