Associação Independente da Guarda apoia extinção das brigadas de trânsito e fiscal
A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) congratulou-se hoje com a possibilidade da extinção das brigadas de trânsito e fiscal da GNR, considerando que a actividade operacional "ganhará assim um novo ânimo".
"Subscrevemos por inteiro esta reforma, que vem valorizar a função dos oficiais do quadro permanente da Guarda", declarou Carlos Brás, dirigente nacional e coordenador regional do centro da ASPIG.
Um estudo encomendado pelo Ministério da Administração Interna a uma empresa de consultadoria, divulgado na edição de hoje do PÚBLICO, defende o fim da BT e da BF, das brigadas territoriais 2 (Lisboa), 3 (Alentejo/Algarve), 4 (Porto) e 5 (Coimbra), além dos regimentos de Cavalaria e Infantaria da GNR.
Para Carlos Brás, com estas alterações "haverá uma poupança nos recursos financeiros e humanos" e a actividade operacional da GNR será beneficiada com efectivos "agora empenhados em tarefas da área administrativa e burocrática".
"A ASPIG apoia estas mudanças, mas exige que sejam respeitados os direitos dos profissionais [dos serviços da GNR que venham eventualmente a ser extintos]. Que estas pessoas sejam devidamente integradas e mantidas nas suas actuais áreas de residência", acrescentou.
Posição contrária assumiu o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, José Manageiro, para quem o fim das brigadas de trânsito e fiscal poderá "comprometer a eficácia das missões" da GNR.
Para José Manageiro, "extinguir as brigadas especiais como a de Trânsito e Fiscal e integrá-las em grupos territoriais é destruir o policiamento de proximidade", além de anular o investimento na especialização dos agentes das duas brigadas.