Artistas com deficiência do projecto Heart fazem primeira exposição

Menos de meio ano depois do lançamento do projecto, obras de 15 artistas estão à venda no Espaço Andrade Corvo, em Lisboa.

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A exposição está patente no Espaço Andrade Corvo, em Lisboa Walter Branco
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O artista Jacinto Nunes Walter Branco
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O artista Nelson Monteiro Walter Branco
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O artista Nuno Cabral Walter Branco

Em Novembro passado, arrancava o Heart, um projecto que quer dar visibilidade, promover e vender a arte criada por deficientes. Cinco meses depois, foram vendidos mais de 40 quadros em todo o país através do site do projecto, onde estão disponíveis vários outros trabalhos. Desde esta terça-feira que 27 obras podem ser vistas numa exposição em Lisboa. Dez já foram vendidas.

A exposição colectiva de 15 artistas com deficiência veio um pouco antes da conclusão de alguns dos primeiros objectivos do Heart, como conta ao PÚBLICO Sofia Perestrelo, presidente do projecto. “A parceria com a Fundação PT não estava prevista como programa de acção mas há oportunidades que não se podem perder e avançámos”, diz a responsável.

À semelhança do trabalho desenvolvido desde Novembro, o Heart aposta na exposição patente no Espaço Andrade Corvo, em Lisboa, como mais um passo para “desmistificar o trabalho dos artistas com deficiência”. “As pessoas ficam surpreendidas com a qualidade das obras. Isso dá-nos coragem para continuar”, sublinha Sofia Perestrelo.

A mostra está disponível até ao próximo dia 5 de Maio e um dia depois da abertura ao público, nesta terça-feira, o balanço “não podia ser mais positivo”. “Foram vendidas 10 obras, com valores entre os 200 e 400 euros”, indica a responsável.

Numa primeira fase do projecto, o Heart promoveu as obras de perto de 60 artistas da CERCICA e mais recentemente as obras disponíveis foram reforçadas com os trabalhos realizados com pessoas que frequentam a Cerci Oeiras. No total, são 27 os quadros à venda na exposição.

Nos planos imediatos do projecto está a inclusão no site do Heart de obras criadas por artistas individuais com deficiência que têm procurado o projecto para divulgar os seus trabalhos. “Para breve vamos fechar estas parcerias. É algo que temos como foco este, até porque temos que aumentar o nosso espólio e promover outros artistas”, aponta Sofia Perestrelo.

Ao fim de cinco meses de actividade, o Heart continua a funcionar sem apoios financeiros externos. As verbas que ajudam o projecto a financiar-se surgem da venda das obras dos artistas, que recebem uma parte do valor pago pela sua obra. Até ao mês de Abril foram vendidas mais de 40 obras, num valor total de 2000 euros.

Até ao final do ano, o Heart pretende lançar parcerias com mais duas instituições do país.

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