Anonymous publicam lista “de carros descaracterizados da PSP e da GNR”

Forças de segurança desconhecem se dados são verdadeiros ou falsos, mas desvalorizam a publicação. Não sabem de ataques informáticos às suas redes.

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Lista fou publicada este sábado pouco depois das 13h Valery Hache/AFPVALERY HACHE VALERY HACHE

Membros do grupo Anonymous Portugal publicaram no Facebook uma lista com informações de mais de 300 veículos que afirmam ser carros descaracterizados usados pela PSP e pela GNR na “caça à multa”. Porta-vozes das duas forças de segurança dizem desconhecer a listagem e se os dados são verdadeiros, mas desvalorizam a divulgação da informação.

A lista foi publicada pouco depois das 13h deste sábado pelo utilizador SideKingdom12 com a seguinte justificação: “Se eu uso uma máscara para me proteger deste regime, e sou criminoso, também eles têm que ser desmascarados por andarem à caça de multas”. De seguida surgem os dados, com o título Listagem completa de carros descaracterizados PSP e GNR.

A lista é composta por 307 carros identificados pela marca, pela cor e, a maioria, também pela matrícula. Os dados incluem ainda as vias onde alegadamente estão estes veículos em operações de fiscalização.

Umas horas depois o site Radares de Portugal acusou os Anonymous Portugal de plágio, por ter divulgado uma lista “ligeiramente alterada” face a uma outra publicada por aquele site, em Janeiro. A mensagem do site que divulga os locais onde estão instalados radares da polícia adianta ainda que a nova lista não contém “informação credível” e critica os  Anonymous por não terem anunciado a origem da informação.      

O porta-voz da PSP, o subintendente Paulo Flor, diz desconhecer se a lista em causa é verdadeira e desvaloriza a importância de uma informação que garante não ser sigilosa. “Não são os carros descaracterizados que garantem o sucesso das nossas operações, mas o modo como elas são realizadas”, sustenta. O subintendente recorda que, actualmente, 80% dos radares de velocidade são fixos e a sua localização é conhecida, o que segundo diz não fez diminuir o número de infracções detectadas.

O major Marco Cruz, porta-voz da GNR, também desconhece a lista, não podendo afirmar, por isso, se é verdadeira ou falsa. Mas assegura que não conhece nenhum ataque informático às redes daquela polícia e desvaloriza o valor da informação. “Essa ideia de caça à multa é um conceito com o qual não nos identificamos há muito. Hoje em dia divulgamos grande parte das nossas operações devido ao seu efeito preventivo”, recorda.

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