Abatido homem barricado no Pinhal Novo, militar da GNR que estava refém também morreu

Grupo táctico da GNR forçou entrada no restaurante e abateu o barricado numa troca de tiros. Militar que o indivíduo baleara e ficara no interior do estabelecimento já estava morto.

O homem que se mantinha barricado desde as 22h de sábado num restaurante do Pinhal Novo foi esta madrugada abatido pela força táctica da GNR. O indivíduo terá morrido numa troca de tiros com os militares que invadiram o estabelecimento. O elemento da GNR que o barricado tinha baleado e que permaneceu ao longo de seis horas com aquele, no interior do estabelecimento, já foi encontrado sem vida.

Permanecem ainda por esclarecer os motivos que levaram um indivíduo de nacionalidade moldava a dirigir-se ao restaurante O Refúgio, da Rua Eça de Queirós, no Pinhal Novo, para aí consumir e depois exibir uma arma, visivelmente transtornado. Alguns clientes presentes pediram auxílio, telefonando para o 112.

Um jovem militar do Pinhal Novo, que segundo a SIC Notícias estava há quatro anos na GNR, fazia parte da primeira patrulha a chegar ao local e foi baleado, segundo algumas fontes, no rosto. Com os clientes em fuga do restaurante, o cidadão moldavo fez detonar um engenho explosivo que provocou ferimentos ligeiros a pelo menos quatro pessoas, entre civis e militares da GNR.

A equipa de negociadores mobilizada para o local não conseguiu convencer o barricado a render-se nem a permitir o auxílio ao militar baleado. "O indíviduo recusava-se a negociar", explicou o tenente-coronel Jorge Goulão. Ainda de acordo com a SIC Notícias, a GNR chegou a levar ao local um antigo colega do barricado, que com ele trabalhou na construção civil, para o tentar convencer, comunicando por megafone, a render-se ou a permitir pelo menos o auxílio ao militar baleado, mas sem sucesso. O cidadão moldavo terá chegado a dizer que preferia morrer a sair.

Ao longo do cerco de quase sete horas, o tenente-coronel Jorge Goulão foi revelando que o "nível de ansiedade" do indivíduo era mais um factor de preocupação para as forças de segurança.

Da troca de tiros ocorrida, a força táctica da GNR decidiu invadir o restaurante e o homem foi abatido. O balanço final é de seis feridos, entre eles quatro militares. José Goulão referiu ainda a morte de um cão-polícia e ferimentos num outro.
 

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