A ampliação do erro de Crato

Como se esperava, o episódio das escolas superiores de Educação (ESE) versus Nuno Crato tem sequela garantida para 2014. Hoje, reúnem-se em Coimbra os presidentes das ESE e diz-se que pode sair de lá uma exigência de demissão do ministro. O que não espanta, por uma razão simples: em lugar de chamar os responsáveis das ESE e dizer-lhes, cara a cara, o que tinha a dizer (fosse o que fosse), Nuno Crato preferiu emitir um comunicado ministerial tentando desdramatizar as suas declarações. E se já tinha sido errado fazê-las com a leviandade com que o fez, pior foi esta “emenda” em prosa de recurso: não eram as ESE o alvo, era “o conjunto do sistema de formação inicial de professores, que tem programas curriculares diversos”. Isto ajuda a perceber o que quer o ministro? Não, não ajuda. Se algo está mal, aponte o quê e trate das mudanças necessárias. As ESE sugerem o óbvio a Crato: demita-nos ou demita-se. Como não as perceber? 

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