Uma percentagem que não nos honra

O início do novo ano lectivo coincide, no tempo, com o relatório Education at a Glance, da OCDE. De algum modo, completam-se. Este ano há menos alunos, menos professores, menos escolas e há maior abandono escolar, mais chumbos e mais repetentes (com excepção do ensino superior). Na sociedade, havia em 2012, ano a que se reporta o estudo, uma maior percentagem de jovens (16,62%) que não estudavam nem trabalhavam, os chamados “nem-nem”. Não é exclusivo nosso, é verdade – a França tem no mesmo período percentagem idêntica (16,58%) e há quem na UE esteja pior do que Portugal: Espanha (25,79%) e Itália (com 24,62%). Mas Portugal faz parte do triste trio dos países que mais viram as suas percentagens, já altas, aumentar entre 2011 e 2012: 1,3% em Portugal, 1,4% em Espanha e 1,5% em Itália. Sabendo que a educação e o acesso dos jovens ao mercado de trabalho se complicou entretanto, 2014 poderá ser ainda pior. Veremos.

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