Passos é o único candidato à liderança do PSD nas eleições que o partido realiza hoje

Passos Coelho já tinha dito que quer ser novamente candidato a primeiro-ministro em 2015.

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Pedro Passos Coelho Fernando Veludo

Pedro Passos Coelho irá hoje a votos para um terceiro mandato de dois anos como presidente do PSD, sem adversários, em eleições directas nas quais podem votar 47 mil militantes sociais-democratas.

No sufrágio de hoje, entre as 16h e as 22h, os sociais-democratas vão também eleger os delegados ao XXXV Congresso Nacional do PSD, marcado para 21, 22 e 23 de Fevereiro, no Coliseu de Lisboa, que elegerá os novos órgãos nacionais do partido.

Pedro Passos Coelho formalizou a sua recandidatura à liderança do PSD a 17 de Janeiro, data limite para o fazer, com a entrega de "mais de 6000" assinaturas de militantes e de uma moção de estratégia global intitulada Portugal acima de tudo! Na altura, Passos Coelho justificou a sua recandidatura com a intenção de concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas, previstas para 2015.

O primeiro-ministro defendeu então que Portugal precisa de "um horizonte de estabilidade e muita determinação política" no "novo ciclo eleitoral" que inclui as europeias de 25 de maio deste ano, as legislativas de 2015 e as presidenciais de 2016.

Os militantes do PSD tinham até 15 de janeiro para regularizar o pagamento de quotas, de que dependia a sua inclusão nos cadernos eleitorais. Segundo dados oficiais divulgados à agência Lusa, que não incluem o número total de inscritos no partido, 47 mil militantes vão poder votar nas eleições directas de hoje.

Depois de ter sido derrotado em 2008 por Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho foi eleito pela primeira vez presidente do PSD em eleições directas realizadas a 26 de Março de 2010, com 61,2% (correspondentes a 31.671 votos), vencendo Paulo Rangel, José Pedro Aguiar-Branco e Castanheira Barros.

Tendo em conta os resultados anunciados, 51.750 militantes sociais-democratas terão votado nessas eleições, nas quais, segundo o Povo Livre, 78.900 estavam em condições de votar.

Cerca de um ano depois, a 5 de junho de 2011, realizaram-se eleições legislativas antecipadas, que o PSD ganhou, sem maioria absoluta, na sequência das quais se coligou com o CDS-PP para formar o XIX Governo Constitucional, que tomou posse a 21 de Junho desse ano.

Ao fim de oito meses na chefia do executivo, Pedro Passos Coelho foi reeleito presidente do PSD a 3 de Março de 2012, sem oposição, com 17.499 votos, correspondentes a 95,5% - resultados anunciados numa altura em que faltavam apurar votos em algumas secções, não tendo sido tornados públicos os resultados finais.

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