O fim dos comentários anónimos no PÚBLICO

Critérios de publicação alterados para melhorar qualidade do debate nas caixas de comentários.

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Cada leitor tem uma reputação, calculada automaticamente a partir do número de participações Rui Gaudêncio

O PÚBLICO deixa de permitir, a partir desta terça-feira, a publicação de comentários anónimos. Os leitores continuam a poder comentar os artigos do jornal, mas o registo no site – que é gratuito – passa a ser obrigatório para o fazer.

Quase nove meses depois de ter estreado um sistema de comentários baseado na reputação dos leitores registados, o PÚBLICO dá mais um importante passo para melhorar a qualidade do debate que ocorre nas suas caixas de comentários. Nesse período, o número de leitores registados aumentou cerca de dez vezes, para mais de 40 mil.

O anonimato tem sido usado pelos leitores de forma recorrente e não em situações pontuais para exprimir opiniões em casos sensíveis, como o PÚBLICO sugeria nos critérios de publicação. Estes critérios, as regras pelas quais se rege a moderação de comentários, foram por isso reescritos para serem ainda mais claros. O objectivo central mantém-se: promover discussões saudáveis e construtivas.

O que se pretende com o registo obrigatório é que este conduza à participação de leitores mais comprometidos e, consequentemente, mais ciosos dos seus comentários e reputações. Apesar de o PÚBLICO reconhecer que os comentários anónimos são qualitativamente muito diferentes, é a coberto do anonimato que os mais insidiosos comentários são escritos.

O PÚBLICO considera que a ausência do anonimato formal nos comentários não impede que os leitores façam chegar ao jornal dicas ou denúncias de forma anónima, nem impossibilita a livre expressão de todas as opiniões. Os leitores podem entrar em contacto com a redacção por telefone, correio convencional e electrónico ou através das redes sociais.

Segundo as normas do Livro de Estilo do PÚBLICO, não existem opiniões anónimas. E é esse critério que agora é alargado às caixas de comentários, que são sobretudo espaços de opinião.

Mudanças no sistema de reputação
Cada leitor tem uma reputação, calculada automaticamente a partir do número de participações – comentando, votando e acrescentado argumentos em inquéritos, moderando comentários de outros leitores. A qualidade dessas participações também conta: aprovar um comentário, por exemplo, contribui para aumentar a reputação; mas, se esse comentário violar os critérios de publicação e for denunciado por outro leitor, o moderador é penalizado.

É este o conceito do modelo que o PÚBLICO estreou quando lançou o novo site, a 22 de Novembro de 2012. Neste modelo, a moderação dos comentários é partilhada por jornalistas do PÚBLICO e pelos próprios leitores, mediante o histórico da sua participação na comunidade.

Agora, a par do fim dos comentários anónimos e da alteração aos critérios de publicação, são ainda introduzidas afinações ao cálculo das reputações dos leitores. Atingir os níveis mais elevados – “Influente” e “Moderador” – será mais difícil. Por outro lado, será muito fácil um utilizador de nível máximo – “Moderador” – perder esse estatuto caso viole as regras.

Além de comentar, moderar comentários de outros leitores e participar em inquéritos, o registo permite aos leitores ter um perfil no PÚBLICO e guardar artigos para ler mais tarde.

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