Mais um jihadista português morto na Síria

Partiu de Sintra para Londres, onde se converteu aos islamismo e se radicalizou, e tinha pendente um mandado de captura internacional emitido por Portugal.

Sadjo Turé, de 35 anos, é o quinto jihadista português morto em combate na Síria, o segundo a morrer originário da linha de Sintra, nos arredores de Lisboa, e radicalizado no bairro londrino de Leyton, depois de ter emigrado para o Reino Unido. A morte de Turé ocorreu na sequência dos ferimentos provocados após um confronto com as forças militares fiéis ao Presidente Bashar al-Assad.

Em 2014, Sandro Monteiro “Funa”, 36 anos, foi a primeira baixa entre os jihadistas portugueses que integram as fileiras do autoproclamado Estado Islâmico (EI). A sua morte ocorreu após um bombardeamento aéreo em final de Outubro e nove meses depois de ter entrado em território sírio a partir da Turquia.

Do grupo originário da região de Sintra que emigrou para Londres, se converteu ao Islão e, posteriormente, se radicalizou aderindo ao EI, constam os irmãos Celso e Edgar Costa, de quem foi divulgado recentemente um vídeo de apologia do terrorismo, e também Fábio Poças e Nero Patrício Saraiva.

O que é o Estado Islâmico

À margem deste grupo, que facilitou estruturas de apoio na zona de Sintra a jihadistas que, vindos de Londres faziam escala em Lisboa para driblarem os controlos de entrada na Turquia, existem outros luso-descendentes, de segunda geração de emigrantes em vários países europeus, que se envolveram com o EI: Luís Carlos e Steve Duarte, nascidos respectivamente em França e no Luxemburgo, e também os já mortos José Parente – que se fez explodir num atentado no Iraque - e Mikael Baptista, o terceiro jihadista português a morrer na Síria, em Janeiro passado.

Em finais de Janeiro, o Ministério Público emitiu mandados de captura internacional contra os jovens de nacionalidade portuguesa, que emigraram de Sintra para Londres. Segundo os investigadores, há indícios da prática dos crimes de terrorismo e de apologia de acção terrorista, fundamentados nos relatos e fotos de alguns deles publicados nas redes sociais, nos testemunhos de quem com eles privou na Síria e em elementos entretanto recolhidos pela investigação.

Sugerir correcção
Ler 11 comentários