Lusa reabre programa de saídas voluntárias para evitar corte salarial

Presidente diz que a redução de custos já conseguida ainda não garante a "sustentabilidade da agência".

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Lusa reabre programa de saídas voluntárias Adriano Miranda

A agência Lusa reabriu o programa de saídas voluntárias, para tentar cortar nos custos previstos para o próximo ano, de modo a evitar um corte salarial.

 

A decisão foi anunciada esta terça-feira pelo presidente da agência à comissão de trabalhadores, depois de a reunião da administração para analisar a estratégia a seguir para cortar custos ter sido inconclusiva. A agência tem que reduzir o seu orçamento para 2013, depois de o Governo ter diminuído a subvenção estatal anual para os próximos três anos em 30,9%, de 19,1 para 13,2 milhões de euros.

Em comunicado interno, o presidente afirma que a reorganização das estruturas e a redução de custos feitas nas últimas semanas ainda não chegam.

“A redução de custos até agora conseguida na preparação do orçamento para 2013 está ainda aquém do nível que garanta a sustentabilidade da agência”, avisa Afonso Camões.

No anterior programa de rescisões voluntárias que decorreu em Outubro saíram da agência 22 trabalhadores, entre os quais 18 jornalistas. O que correspondeu a uma redução de 700 mil euros em salários, mas custou pelo menos 1,3 milhões de euros em indemnizações.

Na altura, Afonso Camões anunciou que a agência iria fazer uma “redução drástica da massa salarial” e de todas as despesas. Dias depois, propunha que os trabalhadores cortassem uma hora de trabalho por dia e o correspondente salário.

Nesta reedição do programa de rescisões amigáveis, as condições oferecidas são as mesmas de então: 1,25 salários por cada ano de trabalho até um limite de 140 mil euros. As candidaturas à rescisão podem ser feitas até ao próximo dia 12 e desta vez podem também voluntariar-se os trabalhadores que se encontram em pré-reforma (e que são 34).

A equipa de gestão marcou novo encontro para o próximo dia 14, quando já deverá haver uma ideia concreta dos valores que será possível poupar com as novas saídas. De acordo com a informação da CT, este órgão “vincou junto de Afonso Camões esperar que da próxima reunião do conselho de administração resulte a aprovação de um orçamento para 2013 que não seja prejudicial para os trabalhadores”.

 

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