Impresa rescinde com 18 trabalhadores do Expresso, Exame e Visão

Empresa justifica com "a contínua retracção do mercado publicitário". Em Outubro, tinha já anunciado um plano de rescisões amigáveis com 50 trabalhadores.

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O semanário é um dos títulos afectados pelo corte Rui Gaudêncio

A Impresa Publishing vai rescindir contrato com 18 trabalhadores do jornal Expresso e das revistas Visão e Exame, confirmou à agência Lusa fonte oficial da empresa.

Confrontada pela Lusa, fonte oficial do grupo de Francisco Pinto Balsemão disse que "a Impresa Publishing anunciou hoje internamente que vai rescindir com 18 colaboradores, essencialmente nas publicações Exame, Expresso e Visão".

De acordo com a mesma fonte, "algumas destas saídas incluem já pedidos de rescisões voluntárias" por parte de trabalhadores.

A Impresa justifica esta decisão com "a contínua retracção do mercado publicitário", que obriga "a fazer estes ajustes".

Este ano, vários têm sido os anúncios de encerramentos de títulos e despedimento de profissionais da comunicação social.

A 15 de Outubro, o grupo Impresa anunciou um plano de rescisões amigáveis com 50 trabalhadores, entre os quais nove jornalistas, em consequência do encerramento de cinco revistas nas área da decoração e do sector automóvel.

No mesmo dia, o grupo Cofina, de Paulo Fernandes, que detém, entre vários títulos, o Correio da Manhã, anunciava o encerramento da revista Automotor, devido às "grandes adversidades" do sector "nos últimos anos", afectando 11 trabalhadores, dos quais cinco jornalistas.

Também em Outubro foi a vez do jornal PÚBLICO avançar com o despedimento de 48 trabalhadores.

Em Setembro, o título "despedimentos no Sol" surgia em vários meios de comunicação social, anunciando o despedimento de 12 profissionais, cinco dos quais pertencentes aos quadros da empresa e sete outros contratados a prazo, que não veriam o seu vínculo renovado. Já em Janeiro, o título tinha rescindido com 20 trabalhadores.

Já em Julho, o Sindicato dos Jornalistas adiantava que a Impala, empresa que edita revistas como VIP e Nova Gente, tinha em curso um novo processo de despedimento colectivo, abrangendo 24 trabalhadores, nove dos quais jornalistas, depois de em Janeiro ter desencadeado um processo semelhante que afectou 30 trabalhadores, 20 deles jornalistas.

 

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