Governo aceita propostas sobre reforma do Estado até Junho de 2013

Foto
Relvas manifestou a disponibilidade do Governo em acolher propostas vindas tanto dos partidos como da sociedade civil

A reforma do Estado foi tema na conferência de líderes parlamentares desta quarta-feira, reunião a que o ministro dos Assuntos Parlamentares compareceu.

Miguel Relvas saiu da reunião ainda antes desta terminar para expressar a “disponibilidade” do Governo em acolher propostas vindas tanto dos partidos como da sociedade civil, mesmo depois de entregar à troika o seu plano.

"o Governo fará a sua apresentação à troika, o Governo iniciará desde já aquele que é o seu modelo de debate com a sociedade civil também. Depois de Fevereiro, estamos abertos às propostas que possam ainda vir a ser incorporadas, de alterações, que possam ainda vir do Parlamento", disse aos jornalistas o ministro dos Assuntos Parlamentares. Ou seja, rematou Relvas, a proposta a apresentar à troika “não será a final”.

Para tal, explicou, dera o seu aval para a preparação – através da criação de um grupo de trabalho - de um debate na Assembleia da República sobre o assunto. Mas o PS saiu da reunião com um aviso preparado para a maioria.

Aceitava debater a reforma do Estado, mas sem a “premissa” desta ter que estar balizada pelo corte de 4 mil milhões de euros. "Não é correto, não é justo nem é adequado iniciar um debate com esse tipo de premissa", afirmou o socialista Carlos Zorrinho. Que prometeu deixar a maioria a falar sozinha caso isso viesse a acontecer. "Nessa segunda parte [reforma do Estado], nós estaremos presentes, a primeira [corte de 4 mil milhões] é uma questão do Governo e da má gestão do Governo", frisou Zorrinho, que recusa "fazer uma reforma a partir dos cortes".

O PCP foi ainda mais assertivo. Através do líder parlamentar Bernardino Soares, fez saber que aquele partido não participaria “em qualquer organização que vise cortar nas funções do Estado”.

Sugerir correcção
Comentar