Em 24 horas, um segundo avião da TAP regressa a Lisboa por razões de segurança

Entre domingo e segunda-feira, dois aviões da companhia aérea portuguesa inverteram a marcha e regressaram a Lisboa por problemas técnicos ou avaria num dos reactores.

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Pelo menos três aviões da TAP em três meses regressam à base por razões de segurança Nicolas Asfouri/AFP

A TAP invoca “motivos técnicos” e, sem mais detalhes, informa na sua página no Facebook que mais um voo da companhia regressou ao aeroporto da Portela em vez de completar a rota e aterrar no destino. Na segunda-feira à noite, o voo TP289, que deveria ter aterrado antes da meia-noite em Dacar, no Senegal, regressou a Lisboa, onde aterrou às 23h30, noticiou a TSF. O Airbus 321 levava 130 pessoas a bordo. Um novo voo para a capital do Senegal realiza-se esta manhã, às 10h30.

No domingo à noite, outro avião da companhia aérea portuguesa, um Airbus 340 que fazia a ligação diária Lisboa-Luanda, teve uma avaria num dos quatro reactores e regressou à base por “razões de segurança”. O voo TP 289, com 260 pessoas a bordo, partiu do aeroporto de Lisboa às 23h30, voou “durante um tempo considerável” até que foi “conhecida a avaria”, disse ao PÚBLICO fonte do gabinete de relações públicas da companhia aérea portuguesa. O avião esteve oito horas no ar. Em sua substituição, outro Airbus 340 partiu às 12h30 para Luanda.

Nesse caso, quando foi detectada a avaria, o avião inverteu a rota e regressou a Lisboa, tendo aterrado na Portela na manhã de segunda-feira às 7h10 “com toda a tranquilidade”. A decisão foi tomada “apenas por uma questão de segurança”, disse ao PÚBLICO fonte do gabinete de relações públicas da TAP.

Ao Expresso, o presidente da TAP, Fernando Pinto, relativizou a situação, dizendo que o avião poderia ter prosseguido até à capital angolana e se não o fez foi porque a reparação do problema detectado “seria mais rápida” em Lisboa.

“A decisão de regresso foi tomada no designado 'ponto de retorno' do voo e resultou de uma decisão ponderada entre os tripulantes e a equipa de manutenção de Lisboa", explicou Fernando Pinto. "Se o avião tivesse aterrado em Luanda teria de aguardar pelo menos três dias até concluir a reparação. A situação que exige reparação relaciona-se com os rolamentos de um dos motores. Não interfere na capacidade de voo do avião, mas implica uma reparação, pelo que esse voo poderia ter prosseguido para Luanda."

Em Julho, outro incidente envolveu um voo da TAP que seguia para São Paulo, Brasil. No dia 12 de Julho, o voo TP 085 teve de regressar ao aeroporto de Lisboa, pouco depois da descolagem. A TAP informou então que “tinha ocorrido uma falha na turbina de um dos reactores do avião.” O problema provocou a queda de peças na zona de Camarate mas não uma explosão, como chegou a ser noticiado.

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