Circulação dos diários generalistas caiu 10% até Fevereiro

O líder Correio da Manhã foi o que teve a descida menos acentuada.

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O PÚBLICO teve uma quebra de 5%, a segunda menos acentuada Enric Vives-Rubio

A circulação total dos diários generalistas de âmbito nacional – Correio da Manhã, Jornal de Notícias, PÚBLICO, Diário de Notícias e i – caiu 10% nos dois primeiros meses do ano, de acordo com números da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT).

Ao todo, estes cinco jornais distribuíram, entre o suporte impresso e o digital, 246.706 exemplares, menos 27 mil do que no mesmo período do ano passado.

Entre estes diários, a queda é liderada pelo i, cuja circulação total teve uma quebra de 26% face aos dois primeiros meses do ano passado. O jornal registou uma circulação de 5255 exemplares por dia, dos quais 3712 foram vendas em banca (não teve circulação digital).

Do outro lado do espectro, o líder Correio da Manhã foi o que sofreu uma queda menos significativa, com menos 4% de circulação total. O título da Cofina teve uma circulação de 118.723 exemplares diários, dos quais 112.919 foram vendas em banca e apenas 64 dizem respeito a circulação digital.

A circulação total medida pela APCT integra tanto as edições em papel, como as edições digitais. Inclui vendas em banca, vendas online, assinaturas, vendas em bloco (feitas em grandes quantidades a empresas como a CP ou transportadoras aéreas) e ainda ofertas, que são em todos estes diários uma fatia reduzida do total (oscilando entre os 2% e os 5%).

Com uma circulação total de 28.872 exemplares, o PÚBLICO teve uma quebra de 5%, a segunda menos acentuada, em boa parte graças ao crescimento da circulação digital: as assinaturas das plataformas digitais subiram 97% e o jornal teve 3985 assinantes online. A circulação digital do PÚBLICO representa 16,8% do total, um número invulgarmente alto entre os diários generalistas portugueses. As vendas em banca foram de 17.305 exemplares diários.

Já o Jornal de Notícias teve uma quebra de circulação de 15%, totalizando 68.558 exemplares, dos quais 56.561 foram vendidos em banca e apenas 191 dizem respeito a edições digitais. O título tem-se vindo a afastar dos números do concorrente mais directo, o Correio da Manhã.

Por fim, o Diário de Notícias, detido pela Controlinveste, a mesma empresa que é dona do JN, teve uma descida de 22% na circulação total para os 25.398 exemplares – 13.186 foram vendas em banca e 257, edições digitais.

Entre os diários económicos, e em contraciclo com o sector, o Jornal de Negócios teve uma subida de 2% na circulação total, conseguida sobretudo graças a um crescimento de 54% nas edições digitais. O jornal da Cofina teve uma circulação total de 11.467 exemplares por dia, dos quais 2448 foram vendas em banca e 1376 foram circulação digital (contrariamente aos generalistas, os económicos têm uma fatia significativa da sua circulação nas vendas em bloco).

O concorrente Diário Económico viu a circulação total cair 22%, para os 13.116 exemplares diários. Destes, 3617 foram vendas em banca e 2377 foram exemplares digitais.

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