Avião da TAP com destino a Luanda esteve oito horas no ar antes de regressar à Portela

Falha num reactor obrigou avião com 260 passageiros a regressar a Lisboa.

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Já em Julho, uma avaria num reactor tinha causado problemas num voo para São Paulo Paulo Whitaker/Reuters

O avião da TAP que fazia a ligação diária Lisboa-Luanda, neste domingo à noite, teve uma avaria num dos quatro reactores e o Airbus 340 regressou à base por “razões de segurança”.

O voo TP 289, com 260 pessoas a bordo, partiu do aeroporto de Lisboa às 23h30 e voou “durante um tempo considerável” até que foi “conhecida a avaria”, disse ao PÚBLICO fonte do gabinete de relações públicas da companhia aérea portuguesa. “Outro avião do mesmo tipo [Airbus 340] partirá às 12h30 para fazer a ligação.” Quando foi detectada a avaria, o avião iniciou a rota de regresso, tendo aterrado de novo em Lisboa esta manhã, às 7h10, “com toda a tranquilidade” e “apenas por uma questão de segurança”, acrescentou a mesma fonte.

Ao Expresso, o presidente da TAP Fernando Pinto relativizou a situação, dizendo que o avião poderia ter prosseguido até Luanda mas que não o fez porque a reparação do problema técnico detectado “seria mais rápida” em Lisboa.

“A decisão de regresso foi tomada no designado 'ponto de retorno' do voo e resultou de uma decisão ponderada entre os tripulantes e a equipa de manutenção de Lisboa, porque se o avião tivesse aterrado em Luanda teria de aguardar pelo menos três dias até concluir a reparação", explicou Fernando Pinto. “A situação que exige reparação relaciona-se com os rolamentos de um dos motores. Não interfere na capacidade de voo do avião, mas implica uma reparação, pelo que esse voo poderia ter prosseguido para Luanda", adianta o gestor.

Em Julho, outro incidente envolveu um voo da TAP para São Paulo, Brasil. No dia 12 de Julho, o voo TP 085 teve de regressar ao aeroporto de Lisboa pouco depois da descolagem. A TAP informou na altura que o problema se deveu a “uma falha na turbina de um dos reactores do avião.” O problema provocou a queda de peças na zona de Camarate mas não uma explosão, como chegou a ser noticiado. 

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