Agora só falta acabar com o anacronismo

Depois de Cavaco Silva ter dito, claramente, que a lei que rege a cobertura dos actos eleitorais é “a mais anacrónica” do país, a Comissão Nacional de Eleições admitiu também que ela “precisa de uma revisão”, porque, no seu entender (e no de toda a gente, aliás, ditado pelo senso comum), há “procedimentos que caíram em desuso”, não abarcando realidades como as da Internet ou das redes sociais. Ou seja: a lei de 1975, como já toda a gente disse e repetiu, não serve. Mas, se existirá unanimidade quanto ao anacronismo de tal lei, o problema está agora na sua revisão. Os directores de todos órgãos de comunicação social portugueses já subscreveram uma carta de princípios sugerindo o que devia ser feito. Os partidos que avançaram (e depois recuaram) com uma proposta desastrada e inaceitável (PSD, PS e CDS) deviam, com a mesma rapidez, pôr nova proposta na mesa. Ou preferirão viver com o anacronismo?

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