Ordem dos Médicos investiga recusa de tratamento a doente oncológica

Hospital de Aveiro já admitiu que errou, ao recusar tratamento, em cima da hora, a doente com cancro

A Ordem dos Médicos instaurou um processo de inquérito ao director clínico do Hospital de Aveiro, na sequência da recusa do tratamento com quimioterapia de uma doente oncológica que vive em Águeda.

O Hospital de Aveiro já admitiu que errou no caso desta mulher que foi encaminhada do Hospital de Santo António, no Porto, de forma a poder ser tratada mais perto de casa. A doente, que começou a ser tratada a um cancro numa perna no Santo António, teve de fazer quimioterapia porque lhe surgiram metástases nos pulmões e a unidade de saúde do Porto decidiu referenciá-la para Aveiro para lhe facilitar as deslocações para o tratamento. Marcado para 20 de Fevereiro, o tratamento foi recusado em cima da hora da primeira sessão em Aveiro, segundo o Diário de Notícias, que divulgou o caso. E foi adiado para o dia 12 deste mês, no Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra. A doente perdeu, entretanto, três semanas.

Admitindo que houve aqui dois erros - sendo o primeiro o encaminhamento da paciente para Aveiro e o segundo o facto de o serviço de oncologia ter marcado a quimioterapia apesar de não estar habilitado para tratar este tipo de tumor -, a administração do Hospital de Aveiro garantiu que a recusa não teve a ver com critérios económicos, mas com o respeito pela rede de referenciação oncológica.

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