CDS leva novas propostas à AR para proteger pequenos produtores da ASAE

a O líder do CDS-PP, Paulo Portas, anunciou ontem nos Açores que o partido vai apresentar nos próximos dias diversas propostas legislativas que visam "impedir os abusos que têm vindo a ser praticados" pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Entre estas conta-se um pedido para que o Governo regulamente a actividade dos pequenos produtores, o que, no entender de Portas, permitiria "salvaguardar o património que são os produtos típicos e tradicionais do país". "Estou preocupado com a acção negativa da ASAE junto das pequenas e médias empresas, que são primeiro multadas e depois aconselhadas a adaptar-se", disse o líder dos populares, que falava em Angra do Heroísmo, numa conferência de imprensa que assinalou o final de uma visita de três dias aos Açores. Para Paulo Portas, o importante "é agir com bom senso, ou seja, ter primeiramente uma acção preventiva, dar um tempo de adaptação e só depois aplicar a lei".
O líder nacional do CDS-PP acusou também o ministro da Agricultura de estar "em falta grave com os agricultores" por "exclusiva responsabilidade do Governo". "O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas não está ainda certificado para poder efectuar os pagamentos que tem em atraso", precisou Paulo Portas, acusando o ministro Jaime Silva de ser "bastante negativo para o sector". Os atrasos nos pagamentos das indemnizações compensatórias estão, no seu entender, "a dificultar a vida dos agricultores, que têm contas para pagar e estas não
esperam".
Paulo Portas aproveitou ainda para elogiar a acção do partido na região, que viu aprovadas, por unanimidade, na Assembleia Legislativa Regional, duas iniciativas que considerou fundamentais para os açorianos: a redução das tarifas aéreas interilhas e o cheque-medicamento para idosos e reformados com mais de 65 anos.
Disse ainda esperar que o eleitorado seja sensível nas eleições regionais de Outubro próximo, reconhecendo e premiando "quem de facto defende os mais pobres e frágeis da sociedade".

O líder nacional do CDS-PP acusa a ASAE de se preocupar mais em multar as empresas do que em aconselhá-las a adaptar-se

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