Voto útil é no PDR ou país "continua na mesma", diz Marinho e Pinto

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Marinho e Pinto foi eleito nas últimas europeias pelo Movimento Partido da Terra Miguel Manso

O líder do Partido Democrático Republicano (PDR) defendeu esta segunda-feira, em Espinho, que o "voto útil" nas eleições de domingo é no seu partido, já que, "se se continuar a votar sempre nos mesmos, o país vai continuar na mesma".

Foi esse um dos argumentos que o cabeça-de-lista por Coimbra e ex-bastonário da ordem dos Advogados, Marinho e Pinto, usou com os feirantes do mercado semanal de Espinho, onde diversos populares o interpelaram por iniciativa própria para lhe dirigirem cumprimentos, manifestarem apoio e até solicitar panfletos.

Na acção de campanha, Marinho e Pinto prometeu que, caso o seu partido venha a ter representação parlamentar, lutará pelo "desendividamento das famílias", reivindicará "mais direitos para as mulheres que são mães" e instituirá "um Dia Nacional para os Ex-Combatentes".

No final, declarou: "Voto útil é no PDR. PS e PSD governam o país há 40 anos e o resultado está à vista. Alternativa é afastar os dois".

BE e CDU também não serão uma hipótese válida, segundo o eurodeputado, na medida em que o primeiro anda "a enganar os portugueses" e a coligação constitui "uma das maiores fraudes políticas" da história nacional, já que "desde o 25 de Abril o PCP não concorre sozinho a umas eleições, porque tem medo e vergonha".

Quanto à possibilidade de o PDR estabelecer parcerias à esquerda ou à direita como forma de viabilizar um Governo sem maioria absoluta, Marinho e Pinto afirmou que tudo dependerá da "voracidade" dos partidos mais votados por "satisfazer a vontade das suas clientelas". "Se os partidos com responsabilidades o quiserem, o PDR estará na primeira linha para cumprir com as suas", antecipou.

Isso dependerá, contudo, de uma longa lista de requisitos, pelo que só se verificará "se houver" um partido que queira "implementar um programa de combate à pobreza, (...) restituir aos professores a autoridade moral e pedagógica, (...) acabar com o terrorismo fiscal e a asfixia das empresas", disse Marinho e Pinto.

"Se houver um partido assim, seja ele qual for, e fizerem isso, estaremos na primeira linha com eles", sintetizou.

"O problema é que agora eles dizem [que fazem] isso, mas quando chegam ao poder olham só para a sua clientela de banqueiros, falsos empresários e parasitas - gente que não sabe o que é pagar uma conta porque sempre teve um cartão de crédito do Estado", rematou.

Na ocasião, Marinho e Pinto defendeu, por outro lado, que se António José Seguro pôde ser afastado da liderança do PS mesmo a meio do mandato, também António Costa deverá demitir-se em caso de derrota eleitoral no domingo.

O líder do PDR respondeu, assim, com esse exemplo à questão sobre qual o comportamento a esperar do candidato socialista a primeiro-ministro em caso de derrota nas eleições legislativas.

"Correram com o António José Seguro - humilharam publicamente um líder do PS - destituindo-o a meio do mandato, de forma ignóbil, só porque - por muitos defeitos que ele tenha, e tem! - tinha um projecto político sério de combate à promiscuidade entre a política e os negócios", disse.

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