Uma anormal normalidade

A horas de a Grécia poder entrar em default e a dias de um referendo com consequências imprevisíveis, uma estranha normalidade dominou a vida portuguesa.

Ao contrário de muitas capitais da União Europeia, em Lisboa o governo não reuniu de emergência para avaliar a crise que se agudizou vertiginosamente nas últimas horas, o primeiro-ministro limitou-se a repetir que Portugal tem uma “almofada” para eventuais embates e até o Presidente da República conseguiu, num dia de angústia internacional, desvalorizar de forma chocante o clima de incerteza. E se há país que deveria estar preocupado com a crise um deles é com certeza Portugal. Por mais que o governo insista que “Portugal não é a Grécia” – e não é – o facto é que a dívida pública portuguesa continua a ser 130% do PIB. Nesse ponto, não tão longe da Grécia.

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