Um segundo debate... mais pobre?
Por não se verem os protagonistas e as suas reacções sendo contudo uma novidade.
Por repetição e insistência nos temas já tratados.
Porque Passos Coelho: voltou a Sócrates e ao Syriza; a nova bancarrota e resgate; continuou a não abordar de forma suficientemente detalhada o que promete para a próxima legislatura.
Porque António Costa voltou: colar a PàF à troika e à ideia do “além da troika”; à austeridade desnecessária; ao agravamento da dívida e do défice ; à precarização do emprego.
António Costa defende que há mudanças na política europeia que permitem esperar uma política virada para o crescimento e para o emprego. Realça a “interpretação inteligente” do Tratado Orçamental mas a estratégia que delineou para o PS é estreita: uma política económica diferente, mais “inteligente” que já não é “austeridade”; reforçar as políticas sociais, repor salários e pensões, contrariar a precarização do emprego, mais emprego.
Passos Coelho acusou o programa do PS de demagogia e de falta de realismo e tem alguma razão. Será possível ao PS cumprir o Tratado Orçamental e seguir uma política económica diferente? E o que acontece se Bruxelas exigir mais medidas de austeridade?
Passos Coelho perdeu-se demasiadas vezes em questiúnculas, enquanto António Costa falou mais tempo sobre o futuro do País e da Europa! E o programa concreto em debate foi o do PS.