UGT exige que Governo esclareça “com urgência” compromisso com troika

Central sindical liderada por Carlos Silva classifica de "lamentável e degradante" a indefinição e desarticulação entre a troika e o Governo e até dentro do executivo de Passos Coelho.

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Secretário-geral da UGT defende que o Governo "recuou em várias matérias" Nuno Ferreira Santos

A UGT é contra a indexação do cálculo das pensões a factores que irão “provocar uma absoluta indefinição e incerteza” nos valores a pagar no futuro aos pensionistas e exige que o Governo esclareça urgentemente o acordo que fez neste sentido com a troika.

Em comunicado enviado às redacções ao início da noite, aquela central sindical classifica de “lamentável, e até degradante, [a] situação de indefinição e desarticulação troika-Governo e até entre alguns governantes, com discursos dessincronizados”.

Por isso defende que, “com toda a urgência, o Governo esclareça sem tibiezas e com total transparência, onde está a verdade, e que acordo ou compromisso assumiu com a troika em relação a uma matéria onde, com insistência, tem referido que não existirão mais cortes”.

A central sindical liderada por Carlos Silva afirma-se contra a intenção de que o cálculo das pensões de reforma “seja indexado a dois factores que, de per si, irão provocar uma absoluta indefinição e incerteza nos valores a receber no futuro pelos pensionistas”. A UGT salienta que os factores – evolução da economia e da demografia – são de tal forma “voláteis e incontroláveis que não permitem, com fiabilidade, garantir que os valores calculados em cada momento sejam mantidos e respeitados no futuro”.

A UGT promete contribuir com ideias e sugestões na concertação social.

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