Torre de Belém tricolor: a solidariedade portuguesa

O embaixador francês em Portugal e o presidente da Câmara de Lisboa iluminaram a Torre de Belém com as cores da bandeira francesa.

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A Torre de Belém de azul, branco e vermelho Miguel Manso
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“Je suis Paris”, lê-se na fachada do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa DR
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Um pouco por todo o mundo multiplicam-se as homenagens às vítimas dos atentados em França REUTERS/Kim Hong-Ji

“A Câmara Municipal de Lisboa convida todos os lisboetas a associarem-se a esta homenagem às vítimas, repudiando todas as formas de terrorismo”, apela um comunicado da autarquia. Fernando Medina e Jean-François Blarel, o embaixador francês, estiveram neste sábado, pelas 18h30, na Torre de Belém para um “acto simbólico”: “Acender a iluminação da Torre de Belém com as cores da bandeira francesa, num gesto solidário unindo as cidades de Lisboa e Paris, em homenagem às vítimas inocentes dos ataques terroristas.”

No Porto, também a fachada do Teatro Rivoli está com as cores da bandeira francesa e na noite deste sábado, após a estreia do espectáculo Ícones do Desporto, o presidente do município, Rui Moreira, vai homenagear as vítimas dos atentados em França.

A solidariedade portuguesa para com as vítimas dos atentados foram chegando, de todos os quadrantes, durante a noite e madrugada de sexta-feira.

O Presidente da República, Cavaco Silva, enviou na sexta-feira à noite um telegrama de Estado ao Presidente francês, François Hollande, expressando a sua "grande consternação" face ao que classificou de "hediondos ataques terroristas" em Paris. "Foi com grande consternação que tomei conhecimento dos hediondos ataques terroristas, hoje, em Paris, e da perda trágica de um elevado número de vidas", refere Aníbal Cavaco Silva.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, manifestou “horror, repúdio e indignação” com os ataques ocorridos em Paris. “Em nome do Parlamento português quero manifestar o horror, repúdio e indignação pelos atentados terroristas de Paris e expressar a solidariedade democrática a França e aos seus representantes”, referiu Ferro Rodrigues em mensagem divulgada à agência Lusa. “A intimidação violenta contra a vida em liberdade não pode fazer ajoelhar os nossos valores”, acrescentou.

Pedro Passos Coelho enviou uma mensagem a Hollande afirmando que “Portugal repudia firme e veementemente toda a forma de terrorismo, que tem como único propósito colocar em causa a segurança e a estabilidade das nossas sociedades e dos nossos povos”. António Costa também escreveu ao chefe de Estado francês (bem como ao primeiro-ministro Manuel Valls e ao embaixador em Lisboa): "Manifesto a minha solidariedade com o povo francês e as suas autoridades perante os ataques terríveis desta noite."

Na rede social Twitter, Catarina Martins escreveu “Solidariedade e dor. Os atentados desta noite são hediondos. Somos todos parisienses.” Enquanto o PCP optou por um comunicado em que realça que “a resposta a estes hediondos actos deverá ter como ponto de partida o combate às suas profundas causas – políticas, económicas e sociais – e a defesa e afirmação dos valores da liberdade, de direitos fundamentais, da democracia, da soberania e independência dos Estados”. O CDS, através do seu líder parlamentar, Nuno Magalhães, sublinhou que “este ataque no coração da Europa é um acto de terrorismo moralmente selvagem e operacionalmente organizado, expondo as vulnerabilidades das sociedades livres".

Em comunicado, o Ministério de Estado e dos Negócios Estrangeiros, além de lamentar “profundamente” as dezenas vítimas, “reafirma a sua vontade de continuar a combater, ao lado da França e dos seus restantes parceiros e aliados, todas as formas de ódio, violência e terrorismo”. Na nota enviada à comunicação social, o ministério de Rui Machete expressa ao Governo e ao povo francês as “mais sinceras condolências e a sua solidariedade e admiração pela coragem com que enfrentam estes chocantes ataques”.

Também os candidatos à Presidência transmitiram a sua solidariedade: "O terrorismo atingiu Paris esta noite. Enquanto aguardamos mais informações sobre o sucedido, não posso deixar de manifestar a minha consternação e de transmitir desde já toda a solidariedade e pesar à França e aos nossos concidadãos europeus face a mais um atentado à liberdade e aos valores universais que todos partilhamos", defendeu António Sampaio da Nóvoa. Marcelo Rebelo de Sousa, por seu lado, afirmou que "o terrorismo selvagem contra vidas inocentes não tem explicação, não tem desculpa, não merece comiseração. Nesta hora difícil, em que ainda não se conhece em toda a extensão a gravidade deste ataque, deixo uma palavra de solidariedade ao povo francês e a todos os portugueses que vivem em França". "Senti um enorme choque quando fui confrontada ontem [sexta-feira] com as notícias de vários ataques terroristas na capital francesa. Como portuguesa, estou chocada pela forma hedionda, cobarde e cruel como estes ataques foram feitos", reagiu Maria de Belém. com Lusa

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