Temos de fazer pela vida, avisa Passos

Foto
Nelson Garrido

O primeiro-ministro defendeu nesta sexta-feira que “o pior que pode acontecer [a Portugal] é não conseguir ultrapassar a situação e precisar de mais dinheiro”. Mas “isto não é uma alternativa, será uma consequência de não conseguirmos alcançar os objectivos”, sublinhou Pedro Passos Coelho no seu discurso durante a cerimónia da entrega dos Prémios Douro Empreendedor, em Vila Real. E se isso acontecer, o chefe do Governo defende que “não é construtivo” estudar o falhanço, mas é antes preferível encaminhar as energias para o esforço de ultrapassar os problemas.

Por isso, o melhor é mesmo evitar que as coisas falhem — até porque “quando nos convencemos que as coisas falham, elas têm mais probabilidade de falhar. E quando acreditamos, torna-se mais provável que consigamos atingir os objectivos”. E também começar a preparar o tempo do pós-troika: não vai ser fácil, avisa Passos, mas também “não quer dizer que tenha que se viver os próximos 10 anos com as restrições com que se viveu nestes dois”.

Este discurso motivacional de Passos Coelho deu depois lugar a avisos aos que reclamam eleições e exigem que se enverede por um caminho diferente. “Temos de aumentar a capacidade de criar riqueza em simultâneo com parcimónia na despesa e no investimento. E isto será verdade para qualquer Governo, qualquer que seja a sua orientação política, e para todos os cidadãos”, realçou. O resultado “está muito para além dos Governos — depende da forma como nos empenharmos”.

O primeiro-ministro diz mesmo que Portugal terá de contar mais consigo do que com a Europa: “Não tenham dúvidas: se não fizermos nós pela nossa vida, se não procurarmos encontrar dentro de nós próprios as condições para acrescentar uma perspectiva de solução efectiva e concreta dos nossos problemas, não é o contexto europeu que vai resolver os nossos problemas.”     

Sugerir correcção
Comentar