Sócrates: aposta em energias renováveis vai reduzir dependência do petróleo até 2010

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José Sócrates alertou os empresários portugueses para que agarrem nesta oportunidade e se evite a importação de material para parques eólicos DR

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o investimento português até 2010 em energias renováveis, no valor de três mil milhões de euros, contribuirá para o equilíbrio do quadro macroeconómico e para uma redução da dependência do petróleo.

"Com a economia estagnada há quatro anos, Portugal enfrenta problemas sérios. O caminho é fazermos bons investimentos na direcção certa", declarou José Sócrates na sessão de lançamento do Novo Concurso Eólico, na Culturgest, em Lisboa.

Discursando perante uma plateia de empresários, onde também se encontrava o ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, o chefe do Governo assegurou que, até 2010, na sequência dos investimentos em energias renováveis - realizados em parcerias entre o sector público e as empresas privadas -, Portugal irá assumir-se como "um dos países de vanguarda em matéria de "modernização energética e respeito ambiental".

Com este concurso, o primeiro-ministro disse também que é um objectivo nacional "a introdução de um novo 'cluster' tecnológico, capaz de introduzir mudanças no perfil energético de Portugal".

"Não desenvolveremos a energia eólica com base em materiais importados. Queremos criar uma indústria ligada a este ramo da energia", sublinhou.

Entre as vantagens da aposta na energia eólica, José Sócrates referiu-se ainda às vantagens de permitir a Portugal reduzir "a sua excessiva dependência do gás e do petróleo, o que, em consequência, permitirá reduzir as nossas importações e melhorar o nosso equilíbrio macroeconómico".

"Queremos também estimular os investimentos e contribuir para a dinamização da nossa economia", apontou José Sócrates, dizendo estar certo de que o concurso para a atribuição de licenças de exploração de energia eólica "será muito disputado e merecerá o interesse dos investidores".

"Este concurso representa um dos pontos de encontro entre a economia e o ambiente. Servirá para dinamizar a economia, mas também para dar a Portugal um paradigma de desenvolvimento sustentável e amigo do ambiente", declarou o primeiro-ministro.

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