Seguro quer "evitar que a agonia do Governo" seja "a agonia do país"

À entrada para a reunião da comissão política nacional do PS, também Francisco Assis defendeu eleições antecipadas

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A Comissão Política Nacional do PS reúne-se esta noite na sede do Largo do Rato Nuno Ferreira Santos

António José Seguro abriu nesta quinta-feira à noite a reunião da comissão política do PS defendendo que tem de se “evitar que a agonia do Governo se transforme na agonia do país”.

Numa reunião que começou já depois das 21h30, o secretário-geral insistiu na necessidade de eleições antecipadas. E criticou a actuação política dos líderes dos partidos da maioria. 

“Estão a brincar com a vida dos portugueses. Irresponsabilidade é pouco para descrever o que se está a passar”, disse, segundo relatou ao PÚBLICO fonte oficial do partido. “Primeiro fizeram experimentalismo social. Empobreceram o país. E agora estão a desprestigiar as instituições democráticas”, prosseguiu. 

E insistiu na ideia que tinha levado quarta-feira ao Presidente da República: “Portugal precisa de um Governo coeso, competente, credível e confiável, que enfrente com determinação os enormes desafios e vença estas crises”, afirmou, segundo a mesma fonte. 

Francisco Assis, que há um ano defendera a possilidade de haver um Governo de iniciativa presidencial, afina agora pelo mesmo diapasão do seu antigo adversário à liderança do PS.

“Apesar das consequências negativas associadas a uma solução de eleições legislativas antecipadas – consequências que o PS não ignora –, essa solução é mais saudável de todos os pontos de vista”, afirmou, à entrada para a reunião. “Esta maioria PSD/CDS está completamente desacreditada e incapacitada para promover qualquer reforma séria”, sustentou. O ex-líder parlamentar considera que “nestes últimos dias, o Governo tem estado envolvido em episódios de verdadeira comédia política”.

Também nesta quarta-feira o Partido Socialista Europeu juntou-se ao PS no pedido de demissão do Governo português e da convocação de eleições antecipadas para Setembro, considerando que a posição do executivo “ficou insustentável” depois da saída de Portas e Gaspar.

O secretário-geral do Partido Socialista Europeu (PES) Achim Post sublinha, num comunicado, que é tempo de “Passos Coelho aceitar o que é óbvio para toda a gente: o Governo perdeu a sua credibilidade e quebrou-se a confiança”.

Acrescenta que depois dos “resultados desastrosos” da política conduzida pelo Governo conservador (aumento do desemprego, destruição dos serviços públicos e empobrecimento dos cidadãos), “Passos Coelho não tem outra alternativa senão resignar”.

O PES apoia a marcação de eleições legislativas para 29 de Setembro, em simultâneo com as autárquicas e sublinha que “o PS, liderado por António José Seguro, é o único partido capaz de assegurar o regresso ao crescimento, mantendo os acordos internacionais” que Portugal assumiu com os seus credores.
 
 

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