Seguro: “É necessário que se realizem eleições”

O PS pede governo com “frescura e legitimidade democrática”. “É intolerável o que se está a passar”, diz Seguro.

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António José Seguro considera que actual Governo "caiu na praça pública" Enric Vives-Rubio

Eleições antecipadas. António José Seguro reagiu ao pedido de demissão de Paulo Portas, nesta terça-feira, com um apelo à realização de eleições. “É intolerável o que se está a passar. O Governo desmoronou-se, caiu na praça pública e o primeiro-ministro perdeu a credibilidade política para governar Portugal”, afirmou, a partir do Largo do Rato, em Lisboa.

O líder do PS considera que Passos Coelho “perdeu não apenas a confiança do seu ministro das Finanças e do seu ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do partido de coligação, mas perdeu a confiança dos portugueses”. “Chega de fazer de conta. Chegou a altura de cada um assumir as suas responsabilidades”, disse, poucos minutos depois de o primeiro-ministro, numa comunicação ao país, ter dito que não se demitia nem aceitava a demissão de Paulo Portas.

Os parceiros de coligação do executivo, PSD e CDS-PP, “colocaram o país numa espiral recessiva, numa crise social e numa crise política sem precedentes”, continuou Seguro. “O nosso país precisa de um novo governo. Um governo forte, competente, coeso, capaz de mobilizar os portugueses para sairmos da crise em que estamos.”

Para António José Seguro, “esse governo precisa de uma legitimidade forte que só a realização de eleições [lhe] pode conferir”. “É necessário que se realizem eleições”, para dar a um novo executivo “frescura e legitimidade democrática”.

O secretário-geral do PS deverá agora defender a realização de eleições antecipadas junto de Cavaco Silva, mas não só. Na declaração feita nesta terça-feira, Seguro sugere que há algo mais a dizer no encontro agendado para quarta-feira em Belém. “Não direi em público o que tenciono dizer amanhã em reunião com o senhor Presidente da República.”
 
 
 
 

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