Seguro diz que Passos reconheceu o "fracasso" do Governo

Governo está desorientado, acusa o secretário-geral do PS, que comentou este domingo as declarações da véspera do primeiro-ministro.

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Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral do PS, António José Seguro, afirmou este domingo que o primeiro-ministro "reconheceu" no sábado à noite o "fracasso" da sua política ao considerar-se "incompreendido" pelos mercados, concluindo depois que reina a desorientação no Governo.

António José Seguro falava em Matosinhos, após uma acção de campanha no bairro social da Biquinha ao lado do candidato do PS a presidente da câmara, António Parada.<_o3a_p>
No final, o líder socialista referiu-se ao teor do discurso proferido na véspera pelo presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, em Alcanena, em que lamentou existir um preconceito dos mercados relativamente a Portugal, algo que disse não existir no que respeita à Irlanda, um dos três países da União Europeia sob assistência financeira da 'troika'.<_o3a_p>Seguro defendeu a tese de que o ex-ministro de Estado e das Finanças Vítor Gaspar "foi o primeiro em Julho a reconhecer o falhanço" da política de austeridade seguida nos dois últimos anos, pedindo então a exoneração do executivo.<_o3a_p>"Agora foi o primeiro-ministro que se queixou de que os mercados não o compreendem, depois de ter passado dois anos a governar para os mercados e de em Maio passado ter escrito uma carta aos credores a propor-se a fazer um corte de 4,7 mil milhões de euros", apontou o líder socialista.<_o3a_p>Para António José Seguro, as palavras de Pedro Passos Coelho só podem ser interpretadas como "o reconhecimento do fracasso do seu Governo".<_o3a_p>O secretário-geral do PS sustentou depois que reina "a desorientação" no executivo de coligação PSD/CDS, com Pedro Passos Coelho a admitir que Portugal poderá ser alvo de um segundo resgate financeiro, "enquanto o ministro Poiares Maduro diz que um segundo resgate nem pensar".<_o3a_p>"Há uma desorientação no Governo. Cada um diz a sua coisa", salientou António José Seguro, discursando com um megafone na mão após uma arruada naquele bairro muito degradado do concelho de Matosinhos.<_o3a_p>
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