Seguro diz que Parlamento teve “um dia triste”

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Líder do PS lamentou posição de todos os partidos com assento parlamentar Foto: Arquivo

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou esta quarta-feira que o Parlamento teve um dia triste ao inviabilizar a votação de uma resolução socialista sobre a posição de Portugal nas negociações do quadro financeiro da União Europeia até 2020.

António José Seguro falava aos jornalistas, depois de o PCP, o BE e “Os Verdes” (com a abstenção da maioria PSD/CDS) terem inviabilizado o consenso para que fosse votada uma resolução do PS sobre a posição a adoptar por Portugal na cimeira extraordinária da União Europeia, na quinta e sexta-feira, em Bruxelas.

“Quero lamentar a insensibilidade que constituiu a oportunidade perdida de o Parlamento português [de ter uma posição] antes de um importante Conselho Europeu, que discutirá o quadro financeiro até 2020, o maior volume de dinheiros públicos que serão colocados à disposição de Portugal nos próximos anos", disse Seguro.

De acordo com António José Seguro, “por causa de uma regra, o Parlamento foi impedido de tomar uma posição sobre o assunto”. “Foi um dia triste para o Parlamento português”, sustentou.

Interrogado sobre qual o motivo de o PS não ter apresentado a sua resolução para agendamento na última reunião da conferência de líderes, Seguro alegou que a Assembleia da República “está a discutir o Orçamento do Estado para 2013” e que apenas por “insistência do PS” se realizou o debate de hoje sobre as perspectivas financeiras europeias até 2020.

“O próximo Conselho Europeu é muito importante. Havendo uma excepção [na realização do debate] era importante que também tivesse existido razoabilidade. Neste momento, o Parlamento português ficou impedido de se pronunciar antes do Conselho Europeu, quando está em causa um volume de investimentos para o país, até 2020, na ordem dos 20 mil milhões de euros”, acrescentou.

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