Seguro diz que o Governo nem para cair é competente

Líder socialista teve de explicar afirmação feita perante a Comissão Nacional do PS. "Trata-se de uma expressão coloquial", disse.

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Seguro contrapõe que PS é a alternativa ao actual Governo liderado por Passos Coelho Rui Gaudêncio

António José Seguro levou à Comissão Nacional do PS em Setúbal, neste sábado, uma frase com impacto: o Governo nem para cair é competente. À saída, foi questionado sobre o sentido da declaração. A explicação é “muito simples”, disse o secretário-geral do PS, “trata-se de uma expressão coloquial que dá sentido à posição política”.

"Isto é, a posição política de que nós olhamos para este Governo, como a esmagadora maioria dos portugueses, e não lhe reconhece nem confiança, nem autoridade, nem credibilidade para continuar a governar o nosso país”, esclareceu António José Seguro.

O líder socialista afirmou que a incompetência de que falou na reunião “tem muito a ver com o que se tem passado nos últimos dias”. “Como é sabido, o primeiro-ministro fez uma declaração solene ao país, foi desmentido passado 48 horas e toda esta situação relativa à inclusão da taxa que é um novo imposto sobre as reformas e as pensões em Portugal”, disse.

Questionado sobre se espera que o Conselho de Estado, convocado para esta segunda-feira, retire a mesma conclusão – de que o Governo é incompetente, mesmo para cair –, Seguro sublinhou que o dirá em Belém, ao Presidente da República e aos restantes conselheiros, “será dito exclusivamente nessa reunião”.

Sobre o PS, António José Seguro sublinhou que “está tudo bem” no partido e retirou qualquer significado político ao facto de António Costa não ter estado na reunião da Comissão Nacional. O presidente da Câmara de Lisboa “não pôde estar presente”, justificou Seguro.

“Ainda falámos [os dois] na sexta-feira à noite. Estou muito satisfeito porque há um clima de unidade no PS, que é traduzido em votações acima dos 90% nesta Comissão Nacional, designadamente para o Secretariado Nacional. Há uma inclusão de todos os principais dirigentes, ou no Secretariado Nacional do PS, ou na Comissão Política”, advogou.

“Está tudo bem no PS. O que está mal é no país”, que está numa situação “dramática”. O socialista recordou que Portugal regista já cerca de um milhão de desempregados, a par de uma quebra permanente da economia. “Ainda esta semana foram revelados dados que apontam para uma queda de quase quatro por cento da economia no primeiro trimestre deste ano. Isto tem de parar.”
 
 

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