Seguro afirma que Portugal está à beira de uma "crise de regime"

Secretário-geral do PS acusa governo de estar a criar um país "cada vez mais pobre".

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Seguro diz que o país enfrenta uma crise social, económica e política Rui Farinha

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse na noite de sábado faltar pouco para Portugal chegar a uma crise de regime.

"Nós estamos metidos numa grave crise. Uma crise social, uma crise económica, uma crise política. Estas três crises somadas podem dar origem a uma crise de regime", frisou António José Seguro, em Mangualde (Viseu), durante a apresentação da recandidatura de João Azevedo a autarquia local.

Seguro voltou a afirmar que o país tem condições para sair da crise, mas que o não conseguirá fazer se "se continuar a aplicar medidas de austeridade que, julgam, reduz a despesa, mas que apenas criam uma espiral recessiva".

"Conhecem algum país que tenha conseguido diminuir a sua dívida, ficando cada vez mais pobre", questionou.
 
Para o secretário-geral do PS, há medidas que "só dependem da vontade política" e que o caminho que Portugal tem de seguir assenta na renegociação das condições da dívida e na colocação do emprego como "factor primordial".
 
"Que país é este que estamos a criar em que se acha aceitável que queiram agora retirar  parte das reformas, uma parte fundamental da vida das pessoas, sobretudo quando muitas delas são o sustento de famílias que hoje vivem o drama do desemprego", sustentou.
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